Em Americana
Se Não Houver Amanhã” chega ao Teatro Municipal
Combinando dança, teatro e música, espetáculo transita entre épocas da vida, das inseguranças à construção da maturidade
Por Rodrigo Pereira
13 de setembro de 2019, às 07h27 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h13
Link da matéria: https://liberal.com.br/cultura/se-nao-houver-amanha-chega-ao-teatro-municipal-1074611/
Mesclando diferentes estilos de dança, teatro e música, o Grupo Espaço Dançar e a Twist Dança estreiam neste sábado e domingo, no Teatro Municipal Lulu Benencase, o espetáculo “Se Não Houver Amanhã”.
Em um trabalho que privilegia a interpretação corporal, sob direção de Eliana Favarelli, Edinei Annanias e Fernanda Araújo, a obra transita das inseguranças e ansiedades que permeiam a juventude à construção da maturidade e do equilíbrio para viver o presente.
Entre os estilos explorados estão a dança contemporânea, jazz lírico e estilo livre. Também haverá uma intervenção do Grupo de Teatro NAC, de Santa Bárbara d’Oeste; participações do dançarino Reginaldo Sama, conhecido pelo quadro “Dança dos Famosos”, do Domingão do Faustão; e do Laboratório da Dança, de Fernanda Araújo.
No início da apresentação, um labirinto é escolhido como ambientação em um momento de busca por seguir os caminhos certos e de expectativas sobre o futuro. “É um labirinto onde todo mundo quer levar a vida em frente, mas ainda não sabe qual caminho seguir. Depois, entra um trio de adolescentes e a gente fala de como é ver o futuro através deles, e a gente vai passando por essas fases: loucura, reflexão, insegurança, incerteza”, explica Eliana.
Na sequência, a peça explora o amadurecimento e o “aprender a escolher”.
“Então a gente vai passando por coisas boas também, pela plenitude, pelo amor. Aí, a gente vê que, às vezes, a gente deixa de viver no passado e só vai descobrir isso quando a gente está no futuro. Então, a gente fala assim: se não houver amanhã, então a gente vai viver tudo isso hoje. O amanhã sempre vai ser incerteza, mas a gente precisa viver bem pra chegar lá e ser feliz e ter a certeza de que valeu a pena tudo isso”, reflete a diretora e bailarina do espetáculo.
A obra ainda passa por temas como a liberdade no amor, “que o amor pode ser cinza ou pode ser colorido”. Não à toa, “Se Não Houver Amanhã” termina com a coreografia de título “A Vida Tem a Cor Que Você Pinta”, que traz uma mensagem sobre ser protagonista da própria existência. No palco, estarão 16 bailarinos do Grupo Espaço Dançar, além dos convidados do Laboratório da Dança e Reginaldo Sama, que apresentará três coreografias com Eliana, uma delas com trapézio, com a qual foram premiados na Itália.
A criação das performances de dança do espetáculo são assinadas pela dupla, além de Fernanda Araújo, Edson Antunes e Jolles Salles.