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Televisão

Referências próprias

Criado em comunidade carioca, Márcio Elizzio defende representatividade do batalhador Marquinhos de “Arcanjo Renegado”

Por Márcio Maio / TV Press

03 de abril de 2021, às 10h44

Criado no Morro do Borel, na Tijuca, Zona Norte do Rio, Márcio Elizzio sabe que seu papel em “Arcanjo Renegado” tem uma função que vai além da obviedade. Na história, o rapaz interpreta o dedicado Marquinhos, filho da empregada doméstica Jurema, vivida por Luciana Bezerra, e morador do Morro dos Tabajaras, em Copacabana, Zona Sul do Rio.

“A história dele representa a realidade do nosso País, onde o pobre não tem acesso e espaço na educação. E continua morrendo dentro das favelas”, analisa o ator, que tem 21 anos. Para compor o personagem, ele assume que não teve grandes dificuldades para achar referências. “Foi só abrir a porta de casa para entender. Nos becos das favelas, a gente encontra vários Marquinhos, vítimas dessa guerra sem fim que nos cerca”, lamenta.

Márcio até sonhou, quando pequeno, com uma carreira diferente da que tem hoje. Ele jogava futebol e sonhava entrar em campo no Maracanã. Foram sete anos de dedicação ao esporte, até que quebrou o braço e decidiu entrar para o teatro. A experiência anterior, no entanto, acabou sendo aproveitada em sua estreia em novelas.

Em “Amor Sem Igual”, que se encerrou em janeiro na Record, ele interpretou Santiago, um jovem paulistano que tinha três profissões, mas sonhava ser jogador de futebol e, no fim, conseguiu contrato com um time alemão. “Sempre acreditei em mim. O universo não falha. Hoje, vejo que aquele menino de cinco anos atrás realizou um sonho. E isso é só início. Almejo voos maiores”, diz.

Para Márcio, seu personagem representa a realidade do nosso País, onde o pobre não tem acesso e espaço na educação – Foto: Divulgação

Raio X de Márcio Paulo Silva de Oliveira Elízio

Nascimento: 17 de agosto de 1999, em Niterói, no Rio de Janeiro.

Atuação inesquecível: “Quando atuei com a Françoise Forton, em ‘Amor Sem Igual’, na Record. Genial, talentosa e humilde. Fiquei bem nervoso”.

Momento marcante na carreira: “Quando entrei para o teatro. Foi lá que tudo aconteceu”.

O que falta na televisão: “Representatividade”.

O que sobra na televisão: “Mais do mesmo. Não há diferença. Precisamos de espaço para novos talentos e oportunidades para todos”.

Com quem gostaria de contracenar: Juliana Paes, Ísis Valverde e Taís Araújo. “E com o Nicolas Prattes, ele é o mais próximo da minha geração. O acho muito focado e talentoso, me espelho nele”.

Se não fosse ator, seria: “Não sei, nunca me imaginei fazendo outra coisa. Até entrei para a faculdade, para cursar Marketing. Mas, no dia seguinte, cancelei a matrícula”.

Ator: Murilo Benício.

Atriz: Adriana Esteves.

Novela preferida: “Chocolate com Pimenta”, exibida originalmente pela Globo entre 2003 e 2004.

Vilão marcante: Nazaré Tedesco, interpretada por Renata Sorrah em “Senhora do Destino”, exibida originalmente pela Globo entre 2004 e 2005.

Personagem mais difícil de compor: “Acho que todos têm suas dificuldades. Mas é claro que vilão tem um pouco mais de cuidado”.

Que novela gostaria que fosse reprisada: “Paraíso Tropical”, exibida originalmente pela Globo em 2007.

Que papel gostaria de representar: “Algo totalmente fora de mim. Que me jogasse para longe da minha comodidade. Um rapaz mais velho, um pai, psicopata, um vilão”.

Filme: “Recentemente, vi um e gostei muito, o turco ‘Sadece Sem’. Mas tem também o clássico ‘À Espera de um Milagre’”.

Autor: Fernando Pessoa.

Diretor: Christopher Nolan.

Mania: “De escovar os dentes duas vezes seguidas”.

Medo: “De perder as pessoas que amo”.

Projeto: “Ser feliz e ajudar o próximo”.

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