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Cultura

Presença marcante

Com diversas produções em exibição, Danton Mello exalta seu primeiro protagonista, de “Malhação”, de 1995, disponível na Globoplay

Por Geraldo Bessa - Tv Press

02 de agosto de 2021, às 07h06

Danton estreou na tevê como o esperto Cuca do sucesso “A Gata Comeu” - Foto: Divulgação

A pandemia pode até ter atrapalhando o esquema de produções dos Estúdios Globo, mas a presença de Danton Mello na tevê aberta e no streaming segue firme e forte. Atualmente, ele pode ser visto na faixa das sete como o lúdico Borges de “Pega-pega”, contracena pela primeira vez com o irmão, Selton, na quinta temporada de “Sessão de Terapia”, e ainda se destaca em duas produções clássicas que acabaram de entrar para o catálogo da Globoplay: a minissérie “Hilda Furacão” e a primeira temporada de “Malhação”.

Exibida em 1995, a produção jovem, que resiste ao tempo e até hoje tem forte influência sobre a teledramaturgia nacional, tem um lugar cativo no coração de Danton. Afinal, foi com ela que ele teve sua primeira chance como protagonista, na pele do certinho Héricles. “Meu personagem era um cara do interior, um rapaz ingênuo e romântico. Quando chega ao Rio de Janeiro, se depara com adolescentes que estavam em outras fases da vida, da curtição, da paquera e das confusões. O foco do Héricles era estudar e conseguir uma oportunidade de trabalho”, resume o ator.

Há tempos, o público cobrava pela estreia do primeiro ano de “Malhação” no serviço de vídeo on demand. E a ansiedade também tomava conta de quem fez parte do projeto, que reuniu apostas da emissora, jovens atores em ascensão na época e um elenco mais experiente. Ao lado de nomes como Fernanda Rodrigues e Juliana Martins, Danton era do time de intérpretes que cresceram na tevê. A amizade com as duas, inclusive, dura até hoje.

“Estávamos ali envolvidos e com a vontade de que o projeto desse certo. A gente até tinha uma certa ideia que aquela obra seria muito importante na nossa carreira, mas ninguém tinha a dimensão do que ‘Malhação’ se tornaria realmente”, avalia ele que, mesmo com uma carreira bem estabelecida na tevê, até hoje é abordado pelo público nas ruas e redes sociais por conta desse primeiro protagonista. “O trabalho como um todo marcou uma geração. Estar ali na linha de frente é motivo de muito orgulho. A gente chegava para gravar e tinha de passar por uma multidão na porta”, relembra.

Outro trabalho que tem rendido a Danton muita repercussão é sua breve participação na atual temporada de “Sessão de Terapia”. É a primeira vez que ele é dirigido e contracena com o irmão, Selton, em uma produção de tevê. Apesar da demora, ele conta que ficou surpreso com o convite feito durante a quarentena.

“A gente já tinha feito teatro e cinema juntos. Faltava algo na televisão, que é a nossa origem. Selton um dia me ligou e disse para assistir aos episódios da série, pois eu iria entrar para o elenco. Eu só obedeci”, brinca.

Na trama, depois da morte da mãe, o terapeuta Caio, vivido por Selton, acaba se aproximando do irmão, Miguel, papel de Danton, que ele até então não conhecia. As gravações aconteceram nos Estúdios Globo e foram recheadas de emoção. Frente a frente, os irmãos pensaram esse jogo de cena como uma grande homenagem aos seus pais, Selva e Dalton.
“Quando a gente se viu ali, trabalhando junto, só pensou neles. Foi um dia especial para relembrar a nossa história, de onde viemos, onde tudo começou, o que passamos, as dificuldades e conquistas”, valoriza.

Mineiro da pequena cidade de Passos, Danton estreou na tevê como o esperto Cuca do sucesso “A Gata Comeu”, de 1985. Íntimo das engrenagens do vídeo, o ator tem passagens por emissoras como SBT, Band e Manchete. Porém, foi na Globo que ele construiu uma carreira baseada na versatilidade, com personagens de destaque em produções como “Terra Nostra”, “Torre de Babel” e nos “remakes” de “Cabocla” e “Sinhá Moça”.

“Sou um ser de televisão. Fiz de tudo um pouco ao longo dos mais de 30 anos de carreira. Acredito que seja um privilégio ainda me surpreender com convites e personagens depois de tanto tempo de serviços prestados”, garante. Atualmente, aos 46 anos, Danton está envolvido com as gravações de “Um Lugar ao Sol”, onde vive o humilde Mateus. A trama de Lícia Manzo para as 21h segue sem data de estreia definida. “Estou no projeto desde o final de 2019. As gravações tiveram de ser paralisadas diversas vezes e tudo está sendo feito com todo o cuidado exigido”, explica.

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