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Cultura

Participação de negros na história de Americana é tema de debate

Encontro ocorre, no sábado, no Casarão de Americana em celebração aos 144 anos de fundação do município

Por Paula Nacasaki

23 de agosto de 2019, às 14h00

Foto: Arquivo / O Liberal
O ato “O negro na história de Americana”, organizada pelo Unegro e coletivo Batako, começa a partir das 9h deste sábado, no Casarão

Próximo a comemoração dos 144 anos de fundação de Americana, a Unegro (União de negros e Negras pela Igualdade) reforça neste sábado (24), durante encontro no Casarão Salto Grande, o compromisso de inserção dos negros na história da cidade.

O objetivo é trazer discussões de como essa população foi negligenciada ao longo dos anos na história de desenvolvimento do município.

O ato “O negro na história de Americana”, organizada pelo Unegro e coletivo Batako, começa a partir das 9h deste sábado, no Casarão, com diversas programações, entre elas: roda de conversa, atividades lúdicas e exposição de temas com lideranças negras. Haverá também café da manhã, com pratos típicos da culinária afro-brasileira, como canjica, frutos, etc.

O convite é aberto a toda população e a participação é gratuita.

Para a historiadora, pesquisadora e integrante da Unegro, Cláudia Monteiro da Rocha Ramos, realizar este ato próximo a comemoração dos 144 anos de fundação de Americana, que ocorre na terça-feira (27), é de extrema importância, pois é uma maneira de mostrar a participação dos negros para o desenvolvimento da cidade.

“Nós temos provas materiais de que os negros estiveram aqui, uma delas é o Casarão, que é uma prova incontestável que ali houve mão de obra escrava. Os livros não citam como essa mão de obra, ainda que escrava, contribuiu também para o crescimento do município”, relata a historiadora.

Ela diz ainda que esse encontro representa uma luta para que as futuras gerações tenham sua história reconhecida de forma oficial. “Há muitos anos tenho feito pesquisa sobre a história do negro em Americana, e essa participação precisa estar inserida na história oficial, coisa que hoje não está. Na verdade é uma luta pelo direito da minoria, que aqui esteve”.

Realizar o encontro no Casarão do Salto Grande traz muita simbologia para a Unegro. “O Casarão, um solar de mais de 200 anos de existência representa uma prova material da existência dos negros nesta cidade, infelizmente é uma trajetória negada e silenciada”, conclui Cláudia.

Programação:

  • 9h – Café de Quilombo (café comunitário com pratos típicos da culinária afrobrasielira: canjica, frutas, etc).
  • 09h30 – “O negro na história de Americana”- Cláudia Monteiro, histpriadora e pesquisadora da história da Unegro de Americana e Santa Bárbara d’Oeste.
  • 10h – Abertura- Seu Dito Preto da Associação beneficente Quilombo da Paz, com atabaques e cantos afros.
  • 10h30 – Roda de Conversa- Lideranças negras da região, perspectivas de luta e enfrentamento ao racismo hoje e no passado.
  • 11h20 – A tradição do Jongo naregião- Trupe do Interior
  • 12h – Intervalo
  • 14h – Retomada das atividades: “Me gritaram Negra” poema de Victoria Santa Cruz, declamado por Adriana- Trupe.

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