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Cultura

O Leopardo, de Visconti, continua um clássico

Por Agência Estado

25 de outubro de 2020, às 07h30 • Última atualização em 25 de outubro de 2020, às 07h58

Foi um ano tumultuado em Cannes, o de 1963. Os repórteres fotográficos fizeram greve e se recusavam a clicar as personalidades que iam chegando ao Palais. Mas a greve teve de ser interrompida quando Claudia Cardinale, acompanhada por Burt Lancaster e pelo diretor Luchino Visconti, passeou pela Croisette com um leopardo na corrente. Hoje, talvez fosse considerado incorreto, mas o marketing funcionou.

O Leopardo venceu a Palma de Ouro, por unanimidade. Baseado no romance de Giuseppe Tommaso di Lampedusa, conta a história do príncipe Salinas e seu arrivista sobrinho, Tancredi, no quadro da unificação da Itália, na Sicília por volta de 1860. Tancredi/Alain Delon diz a frase célebre: “As coisas precisam mudar para que tudo continue o mesmo”.

Ao se casar com a bela Angélica/Claudia, Tancredi sela um acordo entre a aristocracia decadente e a burguesia ascendente. O príncipe Salinas é seu fiador, e esses dois mundos terminam por interagir na cena do baile, quando ele dança a valsa com Angélica. Infelizmente, a versão anunciada pelo Telecine Cult neste domingo, 25, às 22h, é a da distribuidora Fox, dos EUA, que mutilou a obra, cortando mais de meia hora. Mesmo assim, o filme é belíssimo – um clássico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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