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Cultura

Na hora certa

Depois de dois anos, Mariana Lima finalmente vê suas cenas como a desesperada Sofia de “Onde Está Meu Coração”

Por Márcio Maio - Tv Press

17 de maio de 2021, às 07h29

Para buscar referências para a construção do seu personagem, Mariana recorreu ao cinema e, bastante, à literatura - Foto: Divulgação

Foram quase dois anos de espera entre o encerramento das gravações, ocorrido em julho de 2019, e a estreia neste começo de maio. Mas, para Mariana Lima, o período não poderia ser mais apropriado para a exibição de “Onde Está Meu Coração”, nova série do Globoplay.

Primeiro porque se trata de um momento propício para se valorizar a ideia de família. Mas também por mostrar as fragilidades de uma profissional de saúde. “Nesse momento, a gente se lembra daquela enfermeira que cuidou de nós quando estivemos internados por alguma coisa. Hoje, no meio dessa pandemia, essa enfermeira foi a que ficou mais exposta. A invisibilidade dessas pessoas vem à tona”, analisa Mariana.

Na história, a atriz interpreta a executiva Sofia, mãe de Amanda, personagem de Leticia Colin. A filha é uma médica bem-sucedida e idealista, de família de classe média-alta, que se deixa levar pelo prazer fugaz das drogas. E, com isso, a jovem perde o controle de sua vida profissional e afetiva. A partir dos conflitos de Amanda, não só Sofia, mas também o marido David, vivido por Fábio Assunção, e o genro e a filha mais nova, papéis de Daniel de Oliveira e Manu Morelli, precisam enfrentar seus próprios dramas pessoais. “Quase não teve cena que a gente não se impactou, se transformou. Todas as cenas eram exaustivas emocional e fisicamente”, recorda Mariana.

Locações
Enquanto as produções gravadas atualmente usam poucas locações externas e priorizam os trabalhos em estúdio, “Onde Está Meu Coração” é recheada de sequências externas. Uma característica que, hoje em dia, chama atenção entre as atrações ainda inéditas. “A gente estava no meio da rua, correndo com uma equipe atrás da gente, expostos na madrugada de São Paulo. Várias cenas de tensão e emoção. Foi uma série rodada em alta intensidade”, valoriza a paulistana, que tem 48 anos.

Uma trama tão densa como a de “Onde Está Meu Coração” exigiu uma dedicação especial do elenco à preparação. “A gente tem uma tendência de separar o laboratório do trabalho. Ali, tinha um laboratório permanente. A gente não parou”, garante Mariana. Um dos pontos de partida foi criar uma experiência familiar entre os atores principais. Até porque, no momento mais difícil da vida de Amanda, seus parentes mais próximos estariam juntos, encarando o desequilíbrio da jovem. “Uma preparação de ator ou atriz precisa ter esse cuidado e essa rede de proteção, se não a gente pira. Não tinha como estar ali mais ou menos”, defende a atriz.

Para buscar referências nessa construção, Mariana recorreu ao cinema e, bastante, à literatura. “Li um livro incrível, ‘Na Fissura’ (de Johann Hari). A gente leu um monte de coisas, na verdade. Eu reli ‘Dias de Abandono’”, conta. Além disso, a diretora artística da série, Luísa Lima, apostou em outro trunfo para arrancar mais emoção de seu elenco. “Todas as sequências foram filmadas com fundos musicais. A Luísa escolhia e a gente também dava palpites. Às vezes, eram 4 da manhã e ela estava correndo com uma caixa de som”, revela a atriz.

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