O cantor, multi-instrumentista e compositor Rodrigo Barros, de Nova Odessa, estava desde 2018 trabalhando em um disco para homenagear seus grandes ídolos do blues, o estilo que deu origem ao rock e ao jazz. Só que a pandemia do novo Coronavirus (Covid 19) o forçou a interromper os shows de lançamento do trabalho, nomeado de “Back to the Blues”.

Mas ao invés de esperar o mundo voltar ao normal, Barros tomou a decisão de mostrar seu mais novo filho musical nesta sexta-feira pela internet, numa live que vai ao ar a partir das 15 horas.

“A live vem para selar a data do lançamento. Pretendo falar sobre a produção, as músicas e tocar algumas coisas. Quero interagir com meu público, meus amigos, meus familiares”, adianta o músico.

“Back to the Blues” faz um passeio pela obra dos mais destacados pioneiros do estilo, em composições que marcaram a obra de BB King, Freddie King, Howlin’ Wolf, Albert King e outros gigantes do estilo que nasceu no sul dos Estados Unidos.

“Trabalhos como este têm, acima de tudo, uma função social e cultural: mantê-las vivas.

Em tempos de quarentena e isolamento social, medo e incerteza, miséria, doença e esperança, Rodrigo Barros chama nossos heróis para a guerra”, descreve o também músico Rodrigo Francischangelis, que assina o release do trabalho.

A live de logo mais, deve servir de aperitivo aos fãs do estilo na região. Mas Barros promete levar o trabalho aos palcos após esse momento. “A banda está articulada, ensaiaremos e sairemos para tocar em casas que colocam a música como protagonista”, avisa.

ACONTECE
Para assistir a live do músico Rodrigo Barros, é só sintonizar nas redes sociais do artista (facebook ou fan page) a partir das 15h.

Trabalho é fruto de um momento difícil

O blues, que nasceu como um lamento nos campos de algodão dos EUA, é fruto da tristeza dos negros norte-americanos. Mas a inspiração para o músico Rodrigo Barros lançar seu novo trabalho, “Back to the Blues”, inspirado no estilo, também vem de um momento de dificuldade.

“A ideia do disco veio após eu sofrer uma cirurgia que quase tirou minha capacidade de tocar. Foi um período muito triste, muito blue (tristeza, em inglês)”, relata.

Mas o trabalho também foi uma conexão com as origens do rock, estilo que sempre marcou presença na carreira de Barros. “Após muitos meses de recuperação e fisioterapia, decidi fazer este álbum para homenagear aqueles que acredito serem os grandes responsáveis por tudo que eu gosto de ouvir”.