Música
Os anos 90 de novo: a nostalgia na área musical
Bandas e artistas que marcaram época na década de 1990 retornam com novos projetos e alimentam nostalgia de fãs que hoje têm entre 30 e 40 anos
Por Débora de Souza
12 de janeiro de 2020, às 08h31 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h18
Link da matéria: https://liberal.com.br/cultura/os-anos-90-de-novo-a-nostalgia-na-area-musical-1133087/
Os anos 1990 estão de volta… pelo menos nas rádios. Depois dos hits dos anos 60 e 70, as décadas de 80 e 90 estão em alta nas emissoras de todo o país. Tal fenômeno trouxe de volta a dupla Sandy & Jr. que, em 2019, rodou o Brasil com a turnê “Nossa História” – com direito a paradinha nos EUA e Portugal.
O projeto reacendeu uma legião de fãs e parece ter animado também artistas e bandas da época. Após 14 anos longe das gravadoras, o cantor Felipe Dylon lançou seu novo single, “Sabor de Verão”, de autoria de Buchecha, que participa também da versão.
“Foi um grande presente receber esta linha canção do querido Buchecha e ainda mais o convite para cantarmos juntos”, afirma Dylon. O single foi lançado no dia 17 de dezembro de 2019 nas plataformas digitais. O vídeo no Youtube já possui 7 milhões de visualizações.
Quem também aparece com projeto novo é Vinny, que marcou uma geração inteira com “Heloisa, Mexe a Cadeira”. Aos 53 anos, ele retorna com o show “Baile do Vinny”. O setlist contempla sucessos de sua carreira e outros hits do pop rock nacional das décadas de 80 e 90 como Lulu Santos e Barão Vermelho, totalizando 30 músicas.
Outra possível volta são os irmãos do KLB. O trio formado por Kiko, Leandro e Bruno Scornavacca planeja uma turnê, ainda este ano, em comemoração aos 20 anos do primeiro álbum da banda, que tinha sucessos como “A Dor Desse Amor”, “Ela Não Está Aqui” e “Por Que Tem Que Ser Assim?”.
Hits da época
Assim como aconteceu com as décadas de 60, 70 e 80, chegou a vez da década de 90. Segundo o coordenador artístico da FM Gold (94,7 FM), Cris Correa, a mudança vem acontecendo nos últimos quatro anos e faz parte de um processo natural.
“A geração que viveu os anos 60 e 70 já está mais velha e sai pouco de casa. Quem está saindo é a geração que viveu os anos 80 e, principalmente, os anos 90 e início dos anos 2000. Se prestar atenção verá que as festas, os bares que fazem mais sucesso, hoje, têm a temática, tocam as músicas que fizeram sucesso época. São músicas que trazem memória para esse público”, explica ele.
Esse público representa parcela significativa das emissoras de rádio. Tal fato se comprova pelas lideranças atuais no meio. “Nas duas maiores praças de rádio do Estado de São Paulo [Campinas e São Paulo], as líderes são rádios que não tocam sertanejo, pagode ou os últimos sucessos deste ou daquele artista, como fazem as rádios populares. É algo inédito em dez anos”, completa Correa.
O comportamento é sentido também na própria FM Gold, cuja grade é desenhada principalmente com os sucessos dos anos 80 e 90 a pedido dos ouvintes. Outro reflexo disso é o recém-lançado Gold Party, programa que vai ao ar todos os sábados, das 22h à 0h, com os hits que marcaram essa geração.