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Música

Felipe Gabriel transita do folk à bossa

Álbum que será disponibilizado em plataformas digitais no sábado reúne canções de diferentes épocas da carreira do artista

Por Rodrigo Pereira

18 de setembro de 2019, às 08h05 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h21

“Essa é a pergunta que eu queria que você fizesse e respondê-la me deixa contente”, diz o cantor americanense Felipe Gabriel ao ser questionado sobre a presença da bossa nova em seu primeiro disco cheio, “Mantra ao sol do seu sorriso”, que será lançado nas plataformas digitais neste sábado.

O motivo de querer falar do assunto é simples e evidenciado em singles que o músico lançou no passado, nos quais as presenças mais constantes são do folk e do rock.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Felipe Gabriel traz como temas do disco “Mantra ao sol do seu sorriso” a auto-descoberta e o amor universal

“E não me fechei em um nicho nessa época em que todos trabalham assim e coloquei até bossa nova no álbum. Lembro de uma entrevista em que citei Cazuza. Antes de começar a ouvir tudo dele eu era muito fechado no rock, reparei que os discos solo do Cazuza têm mais ritmos e se as melodias que eu mais gosto são do Tom Jobim, por que não colocar minhas referências para conversar no álbum?”, questiona Felipe.

Aprender a moldar-se continuamente a partir de suas próprias experiências cotidianas mostra-se como uma máxima dos temas abordadas pelo cantor, formado em filosofia. Não à toa, os temas do disco são auto-descoberta e amor universal.

“Trazer essas questões para uma linguagem cotidiana não foi uma tarefa fácil, mas aprendi com filmes franceses dos anos 60  que os acontecimentos mais corriqueiros podem levar à reflexões profundas”, revela.

Não apenas as vivências pessoais, como vislumbramentos sobre o futuro e citações de livros também compõem as letras. “Na Estrada”, por exemplo, traz remissões ao livro homônimo de Jack Kerouac.

“Mantra ao sol do seu sorriso” tem faixas de diferentes “idades”. Algumas, nasceram há 13 anos (“Pra ver se a saudade passava”) e outras são mais “jovens” (“Pra que tenha coragem” e “Sucesso”, ambas de 2017, por exemplo).

O processo de criação do autor tem sido solitário. “Mas também gosto de compor em conjunto, fiz bastante isso na banda Olho de Luz e era bem divertido. Todas as canções do álbum são minhas, porém os arranjos do Gesse Silva, a produção do Rodrigo Barros e o talento desses dois multi-instrumentistas permitiu a realização do ‘Mantra ao sol do seu sorriso’. Outra coisa que gosto são os arranjos vocais. A Bruna Bianconi cantou na maioria das faixas”, acrescenta.

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