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Música

Em seu novo EP, Suricato celebra autodescobertas

Vocalista do Barão Vermelho se apoia em processo artesanal e solitário de composição e gravação

Por Rodrigo Pereira

16 de junho de 2019, às 11h09 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h31

Foto: Divulgação
Entrar já com bagagem artística no Barão evitou pressões para que se parecesse com Cazuza ou Frejat, revela Rodrigo Suricato

Um processo contínuo de autodescoberta moldou o EP solo que o músico Rodrigo Suricato disponibilizou nas plataformas digitais nos últimos dias. No compacto, o vocalista do Barão Vermelho se desdobra entre os papéis de compositor, instrumentista e vocalista, em um processo que, segundo ele, se aproxima de uma carpintaria.

Para a metáfora, resgata o poeta Manoel de Barros. “Ele dizia que usava o lápis e a caneta como instrumentos de carpintaria. É moldar-se, cuidar de si mesmo, da própria individualidade, é melhorar-se para que com a sua melhora você consiga se espalhar em benefícios, estar mais iluminado para o outro que está do teu lado”, reflete o músico.

“Suricato” traz como um dos destaques a faixa “Admirável Estranho”, que também ganhou um videoclipe. Já as músicas “Na mão as flores” e “Horizonte” compõem um bonito cartão-postal folk rock e pop do terceiro trabalho do músico.

“A grande diferença desse trabalho para os outros talvez tenha sido de eu ser minha própria banda. Eu como produtor, compositor, escritor, acho que está tudo no mesmo ponteiro do relógio agora e todas essas facetas minhas estão na mesma banda pela primeira vez. Não era para ser um disco assim, mas ficou muito verdadeiro com o momento que eu vivi e com o que está escrito nas minhas canções que eu fizesse parte de todo o processo”, acrescenta. Processo que também teve como uma das importantes peças o produtor Marco Vasconcellos.

Rodrigo Suricato ganhou projeção no showbiz ao participar com seu projeto na primeira temporada do reality show SuperStar, da Rede Globo, em 2014. Lançou dois álbuns, sempre entre o folk e o rock, antes de absorver novas influências sonoras (incluindo um toque mais eletrônico) e se transformar numa “banda de um homem só”, na qual toca violão, guitarra, gaita e instrumentos de percussão com os pés.

BARÃO. O EP prepara o terreno para o lançamento do próximo disco cheio do cantor, programado para julho. E, também, para uma turnê que vai conciliar com os shows do Barão Vermelho, que considera o “processo coletivo” que mais acredita em sua vida.

“Entrei há dois anos no Barão Vermelho, então a gente tá apaixonado ainda. As pessoas já têm uma maturidade grande no mercado, são músicos de sucesso que não precisam provar mais nada para ninguém. Poder ter entrado Suricato no Barão Vermelho fez com que eu não tivesse pressão para ser Cazuza, ser Frejat. Entrei com uma personalidade artística mais definida para que pudesse usar isso ao meu favor e a favor do Barão Vermelho. É como na vida, às vezes a gente gosta de estar sozinho e às vezes numa festa, pra tanta gente. Eu fico feliz em ter essas duas plataformas para poder me expressar”, completa.

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