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Cultura

Morre o crítico inglês Guy Brett

Por Agência Estado

03 de fevereiro de 2021, às 16h04 • Última atualização em 04 de fevereiro de 2021, às 10h56

Em 1965, quando ninguém ouvira falar de Mira Schendel na Inglaterra, ele organizou uma exposição na galeria Signals, exibindo sua obra e a de outros artistas concretos e neoconcretos brasileiros. Durante mais de meio século, ele manteve um intenso intercâmbio cultural com o Brasil, que incluiu exposições montadas aqui e troca de correspondência com vários artistas contemporâneos brasileiros e galeristas como Raquel Arnaud. Infelizmente, Guy Brett morreu na segunda-feira, aos 78 anos, em decorrência de complicações do mal de Parkinson, segundo sua esposa. Guy Brett foi para a Inglaterra o que Mário Pedrosa representou para o Brasil: uma voz lúcida e olhos privilegiados, capazes de identificar a importância da citada Mira Schendel e Hélio Oiticica como vetores da arte contemporânea brasileira.

“Ele foi um grande amigo e colaborador”, diz a marchande Raquel Arnaud. “Em dezembro, me enviou seu livro The Crossing of Innumerable Paths sobre artistas latino-americanos”, completa, destacando o papel que Guy Brett teve na promoção de criadores do continente que não teriam acesso ao mercado europeu sem a sua generosa contribuição. Ele é autor do livro Brasil Experimental – Arte/Vida: Proposições e Paradoxos, que reúne ensaios sobre artistas contemporâneos do País e também organizou a primeira mostra de Hélio Oiticica na Whitechapel de Londres, em 1969, abrindo caminho para o artista.

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