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Televisão

Momento certeiro na carreira

De volta ao ar na edição especial de “A Vida da Gente”, Alice Wegmann valoriza início da trajetória na tevê

Por TV Press

04 de abril de 2021, às 10h36 • Última atualização em 04 de abril de 2021, às 10h40

A boa memória é uma das maiores aliadas de Alice Wegmann na tevê. Há pouco mais de uma década no vídeo, a atriz de 25 anos ainda se recorda do exato momento em que soube que estava no caminho certo dentro da carreira artística. Foi ainda na incerta e confusa adolescência que Alice descobriu com o que iria trabalhar para o resto da vida.

Bastante exigente com seu desempenho, a atriz costuma acompanhar seus trabalhos mais antigos – Foto: Divulgação

Enquanto esperava para gravar suas sequências em “A Vida da Gente”, a atriz aproveitou o intervalo para acompanhar uma cena entre Marjorie Estiano e a saudosa Nicette Bruno através do “switcher”.

“Vendo as duas em cena foi o exato momento em que eu entendi que era isso que eu queria fazer para o resto da minha vida. Foi a confirmação que eu precisava. Foi minha primeira experiência real com televisão. Eu já havia feito ‘Malhação’, mas não tinha ficado a temporada toda. Em ‘A Vida da Gente’, eu senti que foi meu começo nessa profissão. Foi um direcionamento do meu futuro”, valoriza a atriz, que voltou ao ar como a determinada Sofia.

Na história de Lícia Manzo, Sofia é filha de Vitória e Marcos, interpretados por Gisele Fróes e Ângelo Antônio. Jovem tenista no início de sua trajetória, ela precisa lidar com a intensa pressão da mãe para ser perfeita em quadra. Para isso, Sofia, que é autoexigente e perfeccionista, tenta encarnar a filha irretocável.

“Sofia era uma personagem muito persistente e determinada. Uma atleta muito séria, mas acho que ela demora muito a reagir aos ataques da mãe. Naquela época, eu tinha entre 15 e 16 anos e não tinha maturidade suficiente para entender aquela relação abusiva entre mãe e filha. A mãe oprimia a filha de diversas formas, se projetava nela de uma forma muito agressiva”, explica.

A trama de “A Vida da Gente” foi ao ar originalmente em 2011. Uma década depois, Alice confessa que está curiosa para rever seus primeiros passos na televisão.

“Acho que estamos em constante evolução. É curioso ver uma cena de tanto tempo. Para mim, é difícil me ver um ou dois dias depois de gravar. Imagina 10 anos? Quanta coisa eu não mudei? Ainda bem, né? Vai ser um exercício gosto me rever todos os dias ao longo dos próximos meses”, ressalta.

PANDEMIA

Por enquanto, a reprise de “A Vida da Gente” é o único projeto de Alice no ar pelos próximos meses. Longe do vídeo desde uma rápida participação no especial “Juntos a Magia Acontece”, a atriz tem passado por uma diversidade de sentimentos ao longo da pandemia. Alice reforça a dificuldade de ver o setor cultural caminhar a passos lentos durante o último ano. “É uma grande montanha russa de sentimentos. Nós, artistas, temos essa necessidade de estar em movimento, criatividade e encontros. A gente precisa do toque, olho no olho. Ainda assim, mantive grande conexões com meus amigos. Foi legal ver que, mesmo distantes, estávamos dando suporte uns aos outros”, aponta.

Alerta importante

A trama de “A Vida da Gente” foi ao ar há 10 anos. No entanto, apenas há pouco tempo, Alice Wegmann conseguiu compreender a densidade dos dramas que envolviam a história da jovem tenista Sofia. Assim como a personagem, a atriz tem um histórico como atleta, mas de ginastica olímpica. Durante seu tempo no esporte, Alice passou por situações tensas de assédio moral. “Fiz ginástica dos três aos 11 anos. Com oito anos, eu tinha técnico gritando no ouvido que eu era incompetente. Então, eu tinha essa relação de assédio moral no meu inconsciente, mas não tinha maturidade para entender e fazer uma relação com a trama da Sofia e a mãe. Fui entender isso bem mais tarde”, revela.

Durante a história, Sofia passa por situações pesadas diante da mãe. Alice lembra bastante de uma sequência em que precisava chorar pela primeira vez em cena. Durante o caminho para os Estúdios Globo, a atriz foi imaginando como realizaria a sequência. “Na cena, a Vitória fala horrores para a filha no vestiário. Eu não sabia chorar. Não tinha ideia de como faria. Mas, quando comecei a ouvir aquelas barbaridades, as lágrimas vieram na hora. Eu não estava entendendo nada, mas era um momento em que você perde controle do seu corpo e das suas emoções”, relembra.

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