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Cultura

Mercado editorial recupera o passo e revela os best-sellers de 2020

Há menos autoajuda (pessoal ou financeira) entre os 15 livros mais vendidos de 2020 do que tinha em 2019

Por Agência Estado

22 de janeiro de 2021, às 07h27 • Última atualização em 23 de janeiro de 2021, às 19h05

O livro mais vendido no Brasil em 2020 foi “Do Mil ao Milhão Sem Cortar o Cafezinho”. Com esse título publicado em novembro de 2018 pela HarperCollins Brasil e que fechou 2019 na terceira posição do ranking, Thiago Nigro, criador do canal Primo Rico, desbancou Mark Manson – com “A Sutil Arte de Ligar o F*da-se”, que ficou no topo durante dois anos consecutivos.

O levantamento exclusivo foi feito pela Nielsen a pedido do Estadão e, segundo a editora da obra, foram comercializados cerca de 350 mil exemplares no ano passado.

Há menos autoajuda (pessoal ou financeira) entre os 15 livros mais vendidos de 2020 do que tinha em 2019 – foram nove agora e 13 antes (os outros dois eram títulos infantis do youtuber Luccas Neto).

Se em 2019 nenhuma ficção chegou à lista, agora aparecem dois de George Orwell – A Revolução dos Bichos, em 7.º lugar, e 1984, em 10.º -, e Sol da Meia-Noite, de Stephenie Meyer, em 14.º. O livro de Meyer, aliás, que resgata os personagens e o universo de sua saga best-seller Crepúsculo, foi o único publicado no ano passado a entrar no ranking.

Outras duas novidades, em não ficção: Pequeno Manual Antirracista, obra de Djamila Ribeiro de 2019, ficou em 12.º, e Sapiens – Uma Breve História da Humanidade, livro de Yuval Noah Harari que chegou às livrarias brasileiras em 2015, voltou à lista, na última colocação.

Entre os best-sellers, apenas quatro são mulheres (eram duas no ano anterior): Clarissa Pinkola Estes, Carol S. Dweck, Djamila Ribeiro e Stephenie Meyer. E o grupo Companhia das Letras é quem tem mais títulos na lista – são cinco.

O ano de 2020 foi um dos mais desafiadores para o mercado editorial brasileiro, que ainda não tinha se levantado do baque da recuperação judicial da Saraiva e da Cultura e dos novos calotes das duas redes, e viu todas as livrarias fechadas por causa da pandemia. Sem saber o que aconteceria com o mundo dali para a frente e sem sua principal vitrine para expor e divulgar os lançamentos, as editoras tiraram o pé do freio e cancelaram ou adiaram projetos. E, contra todas as expectativas, o mercado editorial fechou o ano recuperado.

Foi isso o que mostrou o 13.º Painel do Varejo de Livros no Brasil de 2020, divulgado nesta quarta, 20, pela Nielsen Bookscan e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel).

Segundo o levantamento, o mês de dezembro foi o período com o maior registro de vendas do ano, apresentando 4,98 milhões de livros vendidos e faturamento de R$ 197,81 milhões. Em porcentuais, houve um crescimento de 7,6% em volume e de 4,9% em valor quando comparado com o mesmo período em 2019.

De acordo com o Snel, os bons números do período 13 (entre o final de novembro e de dezembro) contribuíram para manter o ritmo de recuperação do setor livreiro e fechar o ano de 2020 com números praticamente iguais aos de 2019. Em 2020, foram comercializados 41,91 milhões de livros, o que representa um crescimento de 0,87% em relação a 2019. Já em valores, o setor movimentou R$ 1,74 bilhão contra R$1,75 bilhão em 2019, registrando queda de 0,48%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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