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Televisão

Melhores & Piores de 2020 na TV: programas de entretenimento

Diante de um 2020 tão sofrido e assustador, garantir um pouco de leveza e dar algumas “injeções” de motivação nos telespectadores se tornou mais que necessário

Por TV Press

03 de janeiro de 2021, às 09h00 • Última atualização em 03 de janeiro de 2021, às 09h43

A tevê foi obrigada a se reinventar ao longo de 2020. A linha de shows já vem passando por muitas mudanças nos últimos anos, mas a pandemia impôs aos roteiristas, diretores e apresentadores um novo olhar e uma readaptação ao tal “novo normal”, tão comentado ao longo deste ano.

Ficar em casa se tornou uma necessidade para quase todas as pessoas e o home office se transformou em padrão para diversas classes. A prática, quem diria, acabou tendo de ser adotada por algumas equipes. E, para alguns profissionais, se tornou um diferencial e tanto na hora da criação. Marcelo Adnet que o diga. O humorista conseguiu fazer de uma produção caseira, mas nada amadora, o grande destaque do humor em 2020, com o “Sinta-se em Casa”, no Globoplay. Faturou, com folga, o título de “Melhor Produção Humorística” na edição 2020 do prêmio “Melhores & Piores de TV Press”.

Diante de um 2020 tão sofrido e assustador, garantir um pouco de leveza e dar algumas “injeções” de motivação nos telespectadores se tornou mais que necessário. E, nesse aspecto, Fátima Bernardes e Fábio Porchat fizeram o dever de casa com o “Encontro Com Fátima Bernardes”, na Globo, e o “Que História é Essa Porchat?”, no GNT.

Se a pandemia já era uma razão mais que suficiente para estabelecer novas formas de trabalho, Ana Maria Braga passou por uma situação dramática que está obrigando a apresentadora a repensar seu “Mais Você”. A morte repentina de Tom Veiga, o intérprete do papagaio Louro José, veio menos de um mês depois do retorno do programa à grade da emissora.

Sinta-se em Casa – Foto: Divulgação

Melhor Produção Humorística

Marcelo Adnet se superou com o “Sinta-se em Casa”, um diário de quarentena produzido, dirigido e escrito pelo humorista para o Globoplay. No programa, Marcelo abusou de suas imitações, nas quais é mestre. Mas também aproveitou para transformar suas esquetes em um diário de críticas políticas e sociais. O resultado foi um texto que muitas vezes mesclava entretenimento e jornalismo, em tom de crônica. Foram 110 episódios, disponibilizados de segunda a sexta-feira, sempre às 19h, entre maio e setembro. Os trabalhos pararam quando Adnet precisou gravar os episódios recentes da “Escolinha do Professor Raimundo – Nova Geração”, exibidos pelo canal Viva e pela Globo. GLOBOPLAY

Encontro com Fátima Bernardes – Foto: Divulgação

Melhor Programa de Auditório

O “Encontro com Fátima Bernardes” chegou a ficar algumas semanas for a do ar, dando espaço ao “Combate ao Coronavírus”, nas manhãs da Globo. No retorno, ainda em abril, a jornalista conseguiu driblar a falta de plateia no programa e apostou na tecnologia, com personagens entrevistados em chamadas de vídeo e pautas, na maior parte das vezes, relacionadas com a pandemia e suas consequências. Mas sempre de maneira mais leve e descontraída, sem tirar a seriedade do assunto. E com uma boa dose de superação e otimismo. Durante um tempo, ainda dividiu seu espaço com Ana Maria Braga, que, de casa, deu expediente no horário da colega antes de retomar com o “Mais Você”. GLOBO

Porchat – Foto: Divulgação

Melhor Programa de Entrevista

No ano em que todos os programas de entrevistas precisaram se reinventar e adotar as chamadas de vídeo, Fábio Porchat acabou se dando bem e se tornando um bicampeão nessa categoria, com o “Que História É Essa, Porchat?”. Com uma lista de convidados instigante – e, claro, cheia de bons “causos” para contar -, o comediante soube aproveitar o espaço que conquistou no GNT. E que, em 2020, ganhou também horário na grade da Globo, com sua primeira temporada exibida nas noites de quinta-feira, na segunda faixa de horário da linha de shows da emissora. Um ponto interessante é que Porchat não se limita a apostar na participação dos famosos: anônimos com histórias inusitadas também divertem o público. GNT

Big Brother – Foto: Divulgação

Melhor Programa de Competição e/ou Reality Show

Mesmo depois de 18 anos no ar, a 20ª edição do “Big Brother Brasil” alcançou um grande sucesso. Inesperadamente, enquanto acompanhava o confinamento dos competidores ao prêmio de R$ 1,5 milhão, boa parte dos telespectadores também se viram presos em casa. Outros realities, depois do “BBB”, chegaram a confinar participantes. Mas o curioso no programa da Globo foi o fato de que os jogadores souberam da pandemia no ar, já que foram confinados desde janeiro. Além disso, temas como racismo e machismo ganharam bastante espaço e a produção apostou em uma estratégia nova: misturar famosos e anônimos na competição. A fórmula deu certo e será repetida em 2021. GLOBO

Melhor Programa de Talent Show

Os reality shows parecem mesmo terem sido redescobertos, em meio à pandemia do novo coronavírus. Principalmente os que confinam participantes e os culinários. Na Record, o “Top Chef Brasil” fez as duas coisas. Ou seja, explorou dotes culinários dos participantes, ao mesmo tempo em que trancou todos em uma casa. Antes e depois da pandemia, o que permitiu ao telespectador conferir o impacto, em que cada um dos competidores, do isolamento imposto pela covid-19. Mesmo sem transmissão 24 horas na internet ou em serviço de pay-per-view, alguns conflitos pessoais entre os aspirantes ao prêmio apareceram, o que apimentou um pouco mais a disputa comandada por Felipe Bronze. RECORD

Mais Você – Foto: Divulgação

Melhor Programa de Variedades

Foram quase sete meses fora do ar, entre março e outubro, até que o “Mais Você” retornasse para a grade da Globo, já com mudanças significativas. A começar pelo cenário: a própria casa de Ana Maria Braga, em São Paulo, depois de 12 anos de gravações no Rio. Porém, em um grande golpe do destino, Ana se deparou com uma perda inesperada: Tom Veiga, intérprete do Louro José, foi encontrado morto no primeiro dia de novembro, aos 47 anos, vítima de um AVC. A apresentadora promoveu uma série de homenagens ao parceiro de 25 anos de trabalho, fazendo questão de estar à frente do programa, ao vivo, no dia seguinte à morte de Tom, no feriado de 2 de novembro. Se emocionou e comoveu também sua audiência. GLOBO

Marcos Mion – Foto: Divulgação

Melhor Apresentador(a)

Britto Júnior e Roberto Justus já deram expediente no comando de “A Fazenda”. Mas Marcos Mion, que está à frente do reality rural desde 2018, 10ª edição do programa, se consagrou em 2020 como o Melhor Apresentador do “Melhores & Piores de TV Press” de 2020. E não foi à toa. Mion percebeu a força do elenco desta temporada e teve de experimentar uma interação diferente, à distância, com eles. Nos textos das eliminações, reproduziu desde frases de personagens como a vilã Carminha, de “Avenida Brasil”, interpretada por Adriana Esteves, até discursos misturados de Pedro Bial, que ficou por 15 anos no comando do “Big Brother Brasil”, da Globo. Mion se mostrou seguro, brincou nas horas certas e também teve pulso firme ao contornar problemas que surgiram – alguns, inclusive, por falhas da própria produção. RECORD

Regina Duarte – Foto: Divulgação

Momento Bizarro 2020

Regina Duarte minimizou a ditadura, as mortes causadas pela covid-19 e a importância da produção cultural quando, no dia 7 de maio, concedia uma entrevista ao vivo à CNN Brasil. A atriz, então Secretária Especial de Cultura do governo federal, chegou a dizer que os âncoras Daniela Lima e Reinaldo Gottino estavam “desenterrando mortos… carregando um cemitério nas costas”. No mesmo dia, o Brasil ultrapassava 9 mil mortes por covid-19, 610 delas registradas apenas naquela data. Ainda na entrevista, Regina comentou que “na humanidade, não para de morrer”. Duas semanas depois, o próprio presidente da República anunciou a saída de Regina do cargo, que hoje é ocupado pelo também ator Mário Frias. A atriz foi deslocada pelo presidente para a Cinemateca Brasileira, que foi fechada dias depois da nomeação. CNN BRASIL

Sabrina Sato – Foto: Divulgação

Destaque negativo de apresentador(a)

Desde que o “Programa da Sabrina” saiu do ar, em março de 2019, muito se especulou sobre o que Sabrina Sato faria na Record. Falava-se em um programa de namoro na tevê, mas a atriz esteve no à frente do “Domingo Show” e, posteriormente, do “Made in Japão”, antes de estrear o “Game dos Clones”, em 30 de outubro. Na produção, ela comanda uma disputa entre sete pessoas solteiras que compartilham as mesmas características físicas, em que o prêmio principal é ser o (a) escolhido (a) por um convidado – às vezes até famoso – que se diz em busca de uma companhia para um compromisso amoroso. Mas a competição é rasa demais e o espaço da apresentadora, bem reduzido. As provas acontecem de forma muito rápida e não chega a dar muito tempo para que o público conheça e torça pelos competidores. RECORD

Se Joga – Foto: Divulgação

Destaque negativo de produção

Quando muitas produções de televisão se viram obrigadas a suspenderem suas atividades por conta da pandemia do novo coronavírus, a Globo aproveitou para tirar o “Se Joga” na surdina, mas definitivamente. Semanas depois, no entanto, programas como o “Encontro com Fátima Bernardes” já voltavam ao ar e outros, como o próprio “Mais Você”, foram se adaptando ao tal “novo normal”. Porém, nada e falou sobre o “Se Joga”, até este mês de dezembro. Depois de quase seis meses no ar e outros nove parada, a produção apresentada por Fernanda Gentil, Fabiana Karla e Érico Brás pode ganhar um novo formato em março de 2021, mas com exibições semanais. A ideia é que seja exibido aos sábados, na parte da tarde, provavelmente no horário do péssimo “Simples Assim”, apresentado por Angélica. GLOBO

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