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Cultura

Marcos Mion dá leveza e nova cara ao ‘Caldeirão’

Mion consegue, com muita facilidade, dar cara distinta a quadros que já foram bastante explorados pela Globo

Por Márcio Maio / TV Press

18 de setembro de 2021, às 09h46

Em 21 anos de carreira como apresentador de tevê, Marcos Mion abusou da espontaneidade. E sua trajetória na Globo, emissora com a qual assinou contrato há um mês, não começou diferente.

À frente do “Caldeirão”, substituindo Luciano Huck, remanejado para o lugar de Faustão na grade de domingo do canal, o paulistano, aos 42 anos, não faz a menor questão de disfarçar a emoção e o orgulho que sente em fazer parte do “casting” da emissora mais vista do país.

Mion consegue, com muita facilidade, dar cara distinta a quadros que já foram bastante explorados pela Globo – Foto: Divulgação

Não que seja preciso estar na Globo para fazer sucesso ou ganhar notoriedade no Brasil. Mas é claro que sua chegada ali – principalmente nas condições em que aconteceu, para ocupar um lugar de prestígio – é um divisor de águas na trajetória profissional dele.

Convém lembrar que a saída de Mion da Record não se deu de maneira agradável. Ele apresentava o reality “A Fazenda” desde 2018, mas teve o contrato rescindido em janeiro de 2021. Foram 11 anos em uma emissora que, de repente, deixou-o livre para ser fisgado pela concorrência. A audiência da estreia já mostrou que Mion deve incomodar, com 15,9 pontos de média na primeira semana, mesmo em meio a um feriadão, e 14,6 na segunda. E a saída de Tiago Leifert da Globo, anunciada recentemente, pode abrir novas portas para ele. Direta ou indiretamente.

CARAS DISTINTAS

Em menos de um mês, não seria mesmo possível promover uma reformulação completa no “Caldeirão”. Ou seja, Mion assumiu um formato já consagrado, o que poderia colocá-lo em uma zona de conforto nessa estreia. Mas não, o apresentador consegue, com muita facilidade, dar cara distinta a quadros que já foram bastante explorados pela Globo. É claro que certas tiradas podem acabar se gastando, com o passar do tempo. Como o deslumbre divertidíssimo que, volta e meia, o apresentador evidencia. É como se, ali, as tecnologias e ferramentas disponíveis fossem bem mais fartas e com mais qualidade. De fato, parecem ser mesmo.

Ao longo de 21 anos, o “Caldeirão do Huck” apostou em diversos quadros assistencialistas patrocinados por grandes empresas. Essa estratégia rendeu ao programa – e em muita gente que assistia – momentos de lágrimas nos olhos. Agora, com Mion, os esforços parecem direcionados para deixar o “Caldeirão” mais leve.

Longe de ser um programa de humor, mas há momentos em que, dependendo do convidado que está junto com o apresentador, não é difícil chegar a quase chorar de rir assistindo. Aliás, Paulo Vieira mostrou, em sua aparição na estreia, que poderia ser um bom trunfo na atração se estivesse fixo ali, em alguma função.

Já em seus primeiros passos na televisão, Mion chamou atenção à frente do “Piores Clipes do Mundo”, na MTV. Ali, ele explorava videoclipes de gosto duvidoso, sempre com muito humor. Essa essência chegou a ser resgatada no “Vale a Pena Ver Direito”, quadro do “Legendários”, programa que consagrou Mion na Record, exibido entre 2010 e 2017. Agora, no “Isso a Globo Mostra”, ele segue a mesma linha.

Porém, utilizando imagens exibidas pelo canal ao longo da semana. Não à toa, é justamente assim que o “Caldeirão” tem sido encerrado. É uma das partes mais engraçadas e certamente mais indicadas para segurar a audiência na entrega para “Nos Tempos do Imperador”.

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