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18ª temporada

‘Lugar Incomum’ acerta ao apostar em uma agenda diurna em São Paulo

Mesmo com as limitações impostas pela pandemia, Didi dá seu jeito de deixar a conversa informal e à vontade

Por Márcio Maio / TV Press

25 de julho de 2021, às 10h49

Se manter no ar durante anos na televisão não é tarefa que qualquer equipe de programa consiga cumprir. Afinal, com a vasta lista de opções entre canais abertos e fechados, além dos serviços de streaming – que não param de crescer –, fica cada vez mais difícil fidelizar o público.

Mesmo com as limitações impostas pela pandemia, Didi dá seu jeito de deixar a conversa informal e à vontade – Foto: Divulgação

Didi Wagner, porém, segue firme com o “Lugar Incomum” na grade do Multishow. A produção completou 15 anos no mês passado – trata-se de um dos mais antigos das emissoras a cabo –, somando 18 sessões de episódios até hoje. Em 2021, porém, com a pandemia do novo coronavírus, a apresentadora precisou se reinventar. Acostumada a circular por destinos internacionais, a loura gravou em São Paulo a temporada atual.

Constantemente associada às baladas e ao agito noturno, a cidade de São Paulo acabou sendo retratada a partir de suas programações diurnas. É claro que as medidas restritivas influenciaram nisso, mas esse é um detalhe que dá à 18ª temporada do “Lugar Incomum” um ar de novidade.

A lista de convidados também ajuda, com pessoas extremamente diferentes e, a julgar pelas que apareceram nos primeiros episódios, bem interessantes. Como o ator, cantor e apresentador Tiago Abravanel, a advogada e apresentadora Gabriela Prioli e a médica e campeã do “Big Brother Brasil 20”, Thelma Assis. Com ele, por exemplo, Didi visitou a maior loja “geek” da América Latina, onde os dois conversaram sobre a coleção que ele faz de funkos, bonecos de cultura pop. Gastronomia, cultura, esporte, lazer e moda parecem ser as principais apostas no roteiro traçado pela equipe. Para isso, o programa passa por locais como a Galeria do Rock, o Parque Villa Lobos, o Minhocão e o Farol Santander.

De cara, nota-se claramente a preocupação da equipe com a segurança de Didi e de seus convidados. As máscaras aparecem sempre que não dá para manter um distanciamento mínimo e, para melhorar a interação entre a apresentadora e os participantes de cada episódio, uma placa de acrílico é utilizada entre eles, possibilitando a retirada da máscara durante uma conversa. Nessas horas, impressiona o cuidado utilizado nesse processo. Sempre aparece as pessoas higienizando as mãos, retirando as máscaras e deixando-as em sacos plásticos limpos, até que precisem ser utilizadas novamente.

Além de muito carismática, Didi sabe o que está fazendo. Mesmo com as limitações impostas pela pandemia, ela dá seu jeito de deixar a conversa informal e à vontade o suficiente para que a distância física entre ela e seus convidados se transforme em um mero detalhe. São Paulo também está longe de ser uma terra desconhecida, afinal, foi lá que ela nasceu. Gravar um programa focado em viagens em sua própria cidade natal parece ter sido quase como trabalhar de casa, em uma espécie de home office. E também um retorno às origens, já que foi ali também que o “Lugar Incomum” começou, em junho de 2006.

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