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Literatura

Drama dos refugiados é retratado no livro ‘Meteoro’

Escritor Mauro Segarra detalha realidade dos refugiados venezuelanos no Norte do Brasil em seu 1º e-book, “Meteoro”

Por Débora de Souza

28 de janeiro de 2020, às 09h07 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h10

Fome, regime político, tráfico de humanos. O que leva uma pessoa a abandonar sua terra de origem, deixando para trás muitas vezes sua família e todos os planos de uma vida? Uma parte dessa realidade é retratada no primeiro romance policial do autor paulistano Mauro Segarra, que transporta para “Meteoro” o dia a dia de refugiados venezuelanos no Norte do Brasil.

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Histórias são reveladas a medida que os personagens se deparam com situações locais como o desmatamento na Amazônia e a guerra entre garimpeiros, indígenas e ribeirinhos. “Meteoro” é o livro de estreia do escritor e pesquisador de acústica Mauro Segarra, e está disponível na versão e-book, na Amazon.

Foto: Divulgação
Obra concorre ao Prêmio Kindle de literatura e deve ganhar edição impressa ainda neste ano

“Me interessei pelo drama dos venezuelanos, mas na parte em que isto tocasse aos brasileiros”, comenta Segarra. “Também me interessa o tema das fronteiras abordadas no livro, a fronteira entre os países, da nação indígena ianomâmi, a fronteira entre paixão e amor, aventura e perigo, e principalmente a do desconhecido que há em nós, que é maior do que as linhas geográficas”, completa.

“Meteoro” se desenrola a partir do assassinato de um pastor evangélico e de uma refugiada venezuelana em um quarto de hotel, em Boa Vista, em Roraima. Não satisfeito com os rumos tomados pela investigação, Turíbio sai em busca da verdade por trás da morte de seu pai. No entanto, não contava em se apaixonar por uma misteriosa jovem venezuelana, Ester.

Nessa narrativa, o protagonista se vê divido entre tentar reparar a imagem do pai ou viver uma grande paixão no coração da floresta. Além da trama central, que retrata com afinco o drama dos refugiados e as missões evangélicas na região norte do Brasil, Segarra traz reflexões sobre a devastação da Amazônia; exploração dos recursos naturais; conflitos entre garimpeiros e índios; organizações criminosas da região e tráfico internacional de pessoas.

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O título faz referência à velocidade meteórica em que os fatos acontecem na vida de Turíbio após a morte do pai e a uma tatuagem instigante nas costas de Ester que se revela, mais tarde, vítima de tráfico humano e fugitiva de um pesado esquema de prostituição na rota Venezuela-Europa. “Outras muitas quedas, físicas e emocionais serão vivenciadas pelos personagens e trarão sérias consequências à história”, revela o autor.

“Meteoro” concorre ao Prêmio Kindle de Literatura promovido pela Amazon.com e a Editora Nova Fronteira. Se selecionado, a obra ganhará também uma versão física. Independente do prêmio, Segarra revela que lançará a versão física do livre em breve.

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