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Júlio Cocielo

Juíza coloca youtuber no banco dos réus por racismo em razão de posts no Twitter

Em uma das publicações citadas na denúncia, ele diz que "Mbappé conseguiria fazer uns arrastão top na praia hein"

Por Agência Estado

16 de setembro de 2020, às 16h18 • Última atualização em 16 de setembro de 2020, às 17h37

A juíza Cecilia Pinheiro da Fonseca, da 3ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou denúncia do Ministério Público de São Paulo e colocou no banco dos réus o youtuber e influenciador digital Julio Cesar Pinto Cocielo por crime de racismo. A Promotoria aponta que Cocielo “praticou e incitou a discriminação e preconceito” em razão de publicações feitas entre 2 de novembro de 2011 e 30 de junho de 2018 em seu perfil no Twitter.

O crime de racismo é imprescritível e prevê pena de reclusão de dois a cinco anos, mais multa. A decisão que recebeu a denúncia contra Cocielo foi proferida no último dia 8.

Para a Promotoria, Cocielo “reforça os estereótipos contra os negros numa mídia de largo alcance sua atividade profissional e sua fonte de renda, contribuindo de modo eficaz para a incitação e proliferação do racismo e de todas as suas consequências psíquicas, sociais, culturais, econômicas e políticas”.

A denúncia assinada pela promotora de Justiça Cristiana Steiner registra diferentes publicações de cunho racista feitas por Cocielo, entre elas uma que fez com que o youtuber perdesse diferentes patrocínios. Na ocasião, ele escreveu em seu Twitter: “Mbappé conseguiria fazer uns arrastão top na praia hein”.

Em outro trecho da peça de acusação a Promotoria ressalta ainda que Cocielo “demonstra plena consciência do caráter racista das suas publicações, agindo com descaso para com as instituições repressivas e certo de sua impunidade”.

Com a palavra, Julio Cocielo

Até a publicação desta matéria, a reportagem havia feito contato com a defesa, sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.

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