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Cultura

Humor costurado

De volta no Vale a Pena Ver de Novo, “Ti Ti Ti” usa os bastidores do mundo da moda para aliviar tensão da pandemia

Por Márcio Maio / TV Press

28 de março de 2021, às 15h56 • Última atualização em 31 de março de 2021, às 10h17

Com a reta final de “Laços de Família” no “Vale a Pena Ver de Novo”, a novela “Ti Ti Ti”,trama de Maria Adelaide Amaral acabou sendo a escolhida para, em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus, propiciar um pouco de humor e leveza para a faixa vespertina de novelas da Globo a partir de amanhã, dia 29.

O remake de “Ti Ti Ti”, sucesso no ano de 2010, conta a história dos grandes estilistas rivais Jacques Leclair e Victor Valentim, codinomes dos ambiciosos André Spina e Ariclenes Martins, personagens de Alexandre Borges e Murilo Benício – Foto: Divulgação / Globo

Para isso, o remake da obra original de Cassiano Gabus Mendes, exibida em 1985 pela emissora, aposta no glamour e nas rivalidades do universo “fashion”. E em alto estilo, já que, na época em que foi produzida, entre 2010 e 2011, teve custo por capítulo semelhante ao de uma novela das 21h da época: cerca de R$ 450 mil.

A história se passa em São Paulo e é contada a partir da inimizade entre os estilistas Jacques Leclair e Victor Valentim, codinomes dos ambiciosos André Spina e Ariclenes Martins, personagens de Alexandre Borges e Murilo Benício. Ambos foram criados na Zona Leste da cidade, mas disputaram absolutamente tudo, desde a infância. Quando se reencontram, já adultos, brigam por espaço no mundo da moda. “A gente tinha uma troca muito legal com o Jorge Fernando (diretor), que foi essencial para a construção do Jacques Leclair, um sucesso entre o público e, com certeza, um dos principais papéis na minha carreira”, enaltece Alexandre Borges.

O elenco, assim como o orçamento, era digno de horário nobre – principalmente entre as mulheres. “Ti Ti Ti” teve nomes como Malu Mader, Cláudia Raia, Christiane Torloni, Giulia Gam e Dira Paes em seus créditos. Claudia deu vida a Jaqueline, uma perua intensa, trágica e cômica, dona de um estilo extravagante, que se apaixona por Jacques Leclair assim que o conhece. Ela o ajuda a transformar sua marca em grife e faz tudo pelo amado, que não corresponde da mesma forma. Durante a novela, Claudia mudou de visual várias vezes – foi, inclusive, a primeira vez em que a atriz ficou loura.

A abordagem em relação à moda vai além da briga dos dois estilistas. “Ti Ti Ti” também tem uma agência de modelos, comandada por Luísa e Edgar, personagens de Guilhermina Guinle e Caio Castro; uma revista editada por Suzana, ex-mulher de Victor Valentim, papel de Malu Mader; e uma confecção comandada pela viúva Rebecca, vivida por Christiane Torloni. “Foi um papel que teve enorme importância na minha carreira. Tive a oportunidade de fazer um mocinho em uma novela das sete, logo depois que comecei em ‘Malhação’. E era mais velho que eu, tive um trabalho intenso de caracterização e figurino”, recorda Caio Castro.

ROMANTISMO

A história de Edgar, personagem de Caio, fugiu da versão original de “Ti Ti Ti”. Na verdade, ela foi retirada de outro folhetim de Cassiano, “Plumas & Paetês”, e garantiu uma boa dose de romantismo à novela. Na trama, Ísis Valverde deu vida a Marcela, uma jovem de Belo Horizonte que se muda para São Paulo depois de engravidar do namorado e ser abandonada por ele. Durante a viagem ao lado de Osmar, personagem de Gustavo Leão, os dois sofrem um acidente, no qual o rapaz morre. Marcela, então, é acolhida pela família dele e tem uma mudança radical em sua vida, porque todos acham que é dele o bebê que ela espera.

“Esse momento de reprises está sendo um passeio gostoso pela minha carreira. Estou adorando me reencontrar em momentos tão diferentes. Marcela foi minha primeira protagonista, uma jovem mineira como eu. Gravamos em Belo Horizonte e foi muito gostoso estar lá. Acho que me deu sorte”, acredita Isis.

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