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Flor do Caribe

Henri Castelli ressalta aprendizados com mocinho vingativo

Ao se deparar com o nobre Cassiano, ele se surpreendeu ao perceber que ainda tinha muito que descobrir e aprender

Por TV Press

21 de setembro de 2020, às 16h20

Henri Castelli colecionou mocinhos ao longo de sua trajetória na tevê. Seu porte atlético, olhos azuis e traços finos levaram o ator facilmente ao posto dos típicos personagens bom moço. Ainda assim, ao se deparar com o nobre Cassiano de “Flor do Caribe”, ele se surpreendeu ao perceber que ainda tinha muito que descobrir e aprender sobre os tradicionais mocinhos de novela.

A saga vingativa do piloto da Aeronáutica deu a Henri um novo leque de possibilidades para construir seus personagens dali por diante. “O Cassiano me fez enxergar o mocinho de um jeito diferente. Na minha cabeça, o mocinho era sempre o politicamente correto, não podia tramar nada e nem bater em ninguém. A traição do amigo transforma o personagem e dá uma carga de humanidade nele. Isso tudo foi muito forte”, relembra.

Em abril, Henri Castelli encerrou sua participação na temporada “Malhação Toda Forma de Amar” – Foto: Divulgação

A novela foi ao ar originalmente em 2013. Ficou surpreso com a escolha do folhetim para voltar ao ar nesse período de isolamento social?

Henri
Fiquei muito surpreso com a volta. Essa novela foi muito especial e aconteceu em um momento importante da minha vida pessoal. É um projeto com ação, romance e aventura. Deu muito trabalho para a gente, mas fizemos com alma e identidade.

Na produção, você formou par romântico com a Grazi Massafera. Como vocês construíram essa parceria em cena?

Henri
Ela foi uma das primeiras pessoas com quem falei quando soube da novela. Liguei para ela e falei para irmos com tudo, somos pé quente e vamos ser sucesso. Ela estava bastante nervosa e eu também estava. Mas alguém tinha de estar calmo para acalmar o outro. Sabia que seríamos grandes parceiros e foi tudo certo. A Grazi é muito rápida, tem grandes sacadas em cena e generosa demais. Ela merece todo o sucesso que está vivendo. É um grande talento.

Tem alguma cena específica que você gostaria de rever nessa edição especial?

Henri
A sequência em que a gente gravou a fuga do Cassiano junto com o Duque (Jean Pierre Noher). Lembro que cheguei com o cabelo cortado. O Jayme (Monjardim) quase teve um treco. A gente colocou uma peruca para dar uma ideia de passagem de tempo. Sempre pego o Jayme de calça curta (risos).

Antes das gravações no Rio de Janeiro, vocês ficaram 45 dias gravando no Rio Grande do Norte. Quais lembranças você tem dessa viagem?

Henri
Eu amei ficar no Rio Grande do Norte. Não queria mais voltar e olha que a gente ficou bastante tempo. Até hoje, na pousada em que ficamos, tem nossos recados na parede. A gente nunca mais teve essa oportunidade de ficar tanto tempo gravando em um lugar. Muita coisa mudou. Já conhecia o Rio Grande do Norte. Tinha feito muito teatro por lá. Mas, depois da novela, fiquei ainda mais conectado com a região. Um dos lugares que mais me impactou, sem sombra de dúvidas, foi Currais Novos.

Por quê?

Henri
Gravamos nas minas de lá e fiquei muito impressionado com tudo. Não queria sair de lá, queria fazer das pedras travesseiro e dormir por ali. Foi uma grande aventura. A mina ficava a quase 200 metros de profundidade. O Jayme acertou demais nas escolhas das locações. Gravamos no Rio Grande do Norte, Guatemala e ainda tínhamos as gravações nos Estúdios Globo, em estúdio e as locações na rua do Rio. Era uma loucura.

Na trama, o Cassiano era piloto de caça da Aeronáutica. Como foi seu trabalho de composição?

Henri
Eu já tinha feito um piloto em “Um Anjo Caiu do Céu”, mas não tive essa vivência e experiência tão rica como foi em “Flor do Caribe”. A gente passou 11 dias na base área de Natal. Gravava dentro dos caças, tivemos palestra e aulas com os comandantes. Cheguei a aprender a dar alguns comandos de subida e descida. Na tevê parecia que eu era que estava pilotando, mas não era.

Como assim?

Henri
Quando você está aprendendo, o piloto iniciante fica na primeira cadeira e o instrutor ou piloto verdadeiro vai atrás, comandando tudo. Então, quem não conhece, pensa que sou eu que estou comandando o avião. Além disso, o cameraman conseguia pegar ângulos e closes incríveis de mim no ar.

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