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Maracatu

Fábrica recebe batuqueiros de Recife para debate

Integrantes de grupo recifense que inspirou a criação do Maracatu Estação Quilombo, Rumening Dantas e Lany Moura falam de história, religião e música

Por Rodrigo Pereira

21 de agosto de 2019, às 08h06 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h21

Ancestralidade, religiosidade e maracatu baque virado serão temas de um bate-papo que será realizado nesta quarta-feira, a partir das 19h, no Fábrica das Artes, em Americana, com Rumenig Dantas e Lany Moura, batuqueiros da Nação do Maracatu Porto Rico, de Recife, que soma 103 anos de existência.

Os dois são padrinhos do grupo americanense Maracatu Estação Quilombo. “Nessa roda de conversa eu aponto sobre o povo negro que veio da África, a falsa história brasileira, de Pedro Álvares de Cabral, falando da nossa religião de matriz africana, porque ainda pensam que nossos deuses são demônios.

Foto: Fábio Silva / Divulgação
O músico Rumenig Dantas em veste que remete à tradição afro

Depois eu falo sobre o que é o maracatu, a resistência do batuque e quais tipos de maracatu existem e falamos um pouco do maracatu de baque virado, que é a minha essência”, explica Rumening, que é um dos fundadores do Estação Quilombo.

Ele explica que sua relação com a região e as origens do grupo se deram em Santa Bárbara d’Oeste, quando veio ministrar uma oficina junto ao Baque de Santa.

No ano passado, Rumening e Lany também iniciaram um trabalho com crianças do Conjunto Habitacional Roberto Romano, em Santa Bárbara d’Oeste, com o apoio da Associação de Capoeira Motta
e Cultura Afro.

“Eu sou o padrinho do Maracatu Baque Mirim do Romano, o mais novo grupo de maracatu com crianças da região. Desde o ano passado que a gente está fazendo esse trabalho e vamos bater o martelo agora sobre o nome do grupo. Sábado a gente fez até um cortejo com o grupo pela comunidade”, acrescenta Rumening.

História

O Maracatu Estação Quilombo de Americana foi fundado em 11 de fevereiro de 2014. Nasceu com a intenção de divulgar a cultura popular afro-brasileira através do ritmo, cânticos e danças do toque da Nação do Maracatu Porto Rico, de Recife (PE), com o qual o grupo mais se identificou.

Já o Maracatu Porto Rico foi fundado em 7 de setembro de 1916, no sitio de Palmeirinha, na cidade de Palmares (PE), sob liderança de João Francisco do Itá.

Acontece: A roda de conversa com Rumening Dantas e Lany Moura será realizada a partir das 19h desta quarta-feira, no Fábrica das Artes (Rua Dr. Cícero Jones, 146, Vila Rehder). A entrada é pelo ticket cultura – o participante escolhe com quanto contribuir.

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