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Ator

Eriberto Leão se diverte com as armações do personagem Ernesto

De olho na reprise de “Êta Mundo Bom!”, ator relembra seu papel na trama

Por TV Press

30 de junho de 2020, às 17h16

Os altos e baixos já vividos na carreira de ator fizeram de Eriberto Leão um sujeito ansioso. Ao final de cada trabalho, ele já se articulava para que não ficasse muito tempo distante dos palcos ou fora do ar. Apesar de sempre traçar planos, foi justamente durante um período de “férias” que ele viu que o inesperado também tem seus benefícios.

Uma “dança das cadeiras” das produções na Globo acabou retirando Eriberto de uma trama e o colocando em “Êta Mundo Bom!”. Para completar, o ator ainda fez sua estreia como antagonista na pele do sedutor Ernesto. No momento, ele se diverte com as armações do vilão no “Vale a Pena Ver de Novo”.

Eriberto Leão espera o final da quarentena para iniciar as gravações de “Além da Ilusão”, prevista para o ano que vem – Foto: Divulgação

“Algumas coisas fogem do nosso controle e isso pode ser para o bem. Adotei uma postura mais tranquila em relação ao trabalho e hoje me deixo levar pelas oportunidades. A boa repercussão do Ernesto e da novela como um todo me deixou mais seguro. Está sendo muito divertido rever tudo em casa na companhia da minha família”, conta.

Natural de São José dos Campos, interior de São Paulo, Eriberto é formado pela Escola de Artes Dramáticas da Universidade de São Paulo e estudou na renomada Lee Strasberg Theatre and Film Institute, de Nova Iorque. Aos 24 anos, de volta ao Brasil, se tornou o queridinho do teatro paulistano ao se destacar na montagem de “Ventania”, do renomado diretor Gabriel Vilela.

Com as portas abertas na tevê, estreou no posto de protagonista de “O Amor Está No Ar”, de 1997. A novela, entretanto, fracassou e a carreira de Eriberto entrou em declínio. “Os convites legais sumiram e tive de batalhar muito pagar as contas”, relembra.

Com passagens por Band e Record, a sorte do ator mudou ao viver o rústico Tomé no “remake” de “Cabocla”, sua volta à Globo, em 2004. Aos poucos, Eriberto foi conquistando mais espaço dentro da emissora e papéis de destaque em tramas como “Paraíso”, “Insensato Coração” e “O Outro Lado do Paraíso”.

“Tudo que vivi antes de 2004 me fez o que cara que sou hoje. Carrego aprendizados importantes e valorizo muito as oportunidades que tenho hoje”, conta o ator.

Com uma carreira repleta de mocinhos, como você recebeu a informação de que, enfim, teria a chance de viver seu primeiro vilão em “Êta Mundo bom!”?

Eriberto Leão
Fiquei muito feliz. Amo os mocinhos que interpretei, mas é sempre bom mudar. Tinha feito uma participação em “Amor à Vida” (2013) e ficou essa vontade de voltar a trabalhar em alguma produção escrita pelo Walcyr (Carrasco). No dia seguinte ao convite eu já estava inteiramente envolvido com o personagem, que se desenvolveu exatamente como eu previ.

Em que sentido?

Eriberto
Sem salvação. Ernesto dificilmente teria jeito. É claro que, por ser uma novela das seis, a vilania era meio sugerida. Mas o caminho do personagem é muito perverso. Por onde ele passava, destruía a vida das pessoas sem pestanejar. Ao mesmo tempo, era um sujeito muito sedutor. O público brincava muito comigo nas ruas, principalmente, o feminino.

Essa boa repercussão continua?

Eriberto
Agora mais nas redes sociais (risos). É um papel de fácil identificação, todo mundo já conheceu um Ernesto na vida, aquele sujeito que vive de pequenos golpes. Acho que o bigodinho ajudava nesse poder de sedução dele. O humor contido no texto do Walcyr e no modo como o Jorge Fernando dirigia também foram fundamentais.

Qual dos planos maquiavélicos do Ernesto é o seu favorito?

Eriberto
Acho que ele se passar por Candinho (Sérgio Guizé) foi o mais engraçado. Como ator, foi bem interessante porque tinha de fazer o farsante fingindo ser o protagonista. Então, era outro gestual e sotaque, mas no fundo, o Ernesto tinha de estar presente nas intenções.

A reprise no “Vale a Pena Ver de Novo” tem feito parte do seu cotidiano durante a quarentena?

Eriberto
Tenho acompanhado com minha mulher e meus filhos. Aliás, o lema do Pancrácio (Marco Nanini) e do Candinho é muito apropriado para o momento que estamos vivendo: “Tudo o que acontece de ruim é para melhorar”. A novela carrega uma grande mensagem de esperança e espero que as pessoas se inspirem nesse momento difícil para criar uma sociedade melhor no futuro.

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