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Cultura

Em ‘Flor do Caribe’, Cyria Coentro reforça seu lado maternal

Novela voltou ao ar em edição especial em virtude da pandemia do novo coronavírus

Por Caroline Borges / TV Press

22 de novembro de 2020, às 13h51 • Última atualização em 22 de novembro de 2020, às 13h52

Cyria Coentro viveu altos e baixos ao longo da trama de “Flor do Caribe”, da Globo. Na pele da doce Bibiana, a atriz viu sua personagem passar por momentos leves, mas também por situações dramáticas.

Quase 10 anos após a exibição original, Cyria tem a oportunidade de rever com calma todas as nuances da personagem da trama de Walther Negrão, que voltou ao ar em edição especial em virtude da pandemia do novo coronavírus.

O trabalho em “Flor do Caribe” ajudou Cyria a reanalisar seus trabalhos no vídeo – Foto: Divulgação

“A Bibiana vive em um universo mais descontraído por ser dona de um quiosque na beira da praia, por ter um casamento feliz, e, ainda assim, tem conflitos importantes, com o filho, Hélio, interpretado pelo ator Raphael Vianna, que me deram a oportunidade de imprimir na interpretação desafios emocionais. A alegria e humanidade da Bibiana adoçaram o meu olhar para o mundo, e o amor dela pela cozinha me inspiraram bastante”, explica ela, que expandiu seus conhecimentos na cozinha após o folhetim. “Hoje, sou uma cozinheira de mão cheia, como dizem as minhas filhas. Lembro da alegria dela, até hoje, quando estou cozinhando”, completa.

Na história, Bibiana comanda um bar localizado na fictícia Vila dos Ventos. Cozinheira de mão cheia, ela é casada com Donato, papel de Luiz Carlos Vasconcelos. Apesar da relação sólida, Bibiana sofre com os constantes conflitos entre seu filho mais velho Hélio e o pai.

Ambicioso, Hélio não se conforma com a origem humilde e despreza o trabalho de Donato, que, ao longo da vida, sustentou a família como mestre-pescador no comando de uma traineira, a bordo da qual ele e outros homens partem diariamente para o trabalho da pesca.

“Tive a oportunidade de mostrar outras características como atriz. Tive cenas muito felizes com os atores que viviam meus filhos. Amo a maternidade, e os atores eram muito doces e parceiros maravilhosos de cena, tanto o Rapha (Raphael Vianna) quanto a Livinha (Livian Aragão) e o Pablo Mothé. E as cenas com o Luiz Carlos eram incríveis. Ser humano luminoso, meu grande amigo até hoje”, elogia.

O trabalho em “Flor do Caribe” também ajudou Cyria a reanalisar seus trabalhos no vídeo. Acostumada a interpretar personagens maternais, a atriz sempre reúne novas informações sobre o universo da maternidade a cada novo projeto.

“Eu sou mãe, sempre quis ser, me preparei. Ser mãe é uma coisa que me toma tempo, e dedico minha atenção para isso. Cada personagem me mostra diferentes facetas da maternidade. Bibiana era mais solar, mais feliz, o Hélio era um filho mais problemático, mas, apesar dele, experimentei esse lugar mais doce. E tive de me reinventar”, relembra.

E foram justamente as filhas que estiveram ao lado Cyria durante boa parte do isolamento social. A atriz usou esse período de reclusão forçada para cuidar do corpo e da mente. Ela melhorou a alimentação, fez yoga e meditação.

“Estou mais dedicada a mim mesma e às minhas filhas. É um luxo ter tempo para me cuidar e prestar atenção em mim mesma. Ao mesmo tempo, muito difícil lidar com tantas mortes, incertezas e tanto isolamento. Sentindo muita falta dos amigos, do restante da família. Mas, como a característica mais imponderável da vida é a impermanência, tenho certeza de que, se está ruim agora, em algum momento, vai melhorar”, torce.

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