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Cultura

Elizabeth Wurtzel, autora de ‘Nação Prozac’, morre aos 52 anos

Por Agência Estado

08 de janeiro de 2020, às 16h37 • Última atualização em 08 de janeiro de 2020, às 17h01

Elizabeth Wurtzel, cujas confissões dolorosas e sem rodeios sobre sua luta contra o vício e a depressão no best-seller Nação Prozac a tornaram uma voz e um alvo para uma geração de ansiosos, morreu na terça-feira, 7, aos 52 anos.

O marido de Wurtzel, Jim Freed, disse que ela morreu num hospital de Manhattan depois de uma longa batalha contra o câncer.

Nação Prozac foi publicado em 1994 quando Wurtzel estava na metade dos seus 20 anos, e gerou um debate que durou a maior parte da sua vida. Críticos a elogiaram por seu candor e a acusaram de autoindulgência e pena de si mesma, hábitos que ela reconhecia plenamente.

Wurtzel escreveu sobre crescer numa casa partida pelo divórcio, sobre se cortar quando era adolescente, e sobre ter passado a adolescência numa tempestade de lágrimas, drogas, relacionamentos fracassados e brigas de família.

“Não quero soar como uma garota mimada”, ela escreveu. “Sei que em toda vida ensolarada alguma chuva deve cair e tudo o mais, mas no meu caso a histeria enquanto crise é um tema recorrente demais.”

A escritora se tornou uma celebridade, um símbolo, e para alguns, o remate de uma piada. A revista Newsweek a chamou de “a famosa depressiva Elizabeth Wurtzel”. Ela foi amplamente ridicularizada após uma entrevista com o The Toronto Globe and Mail, de 2002, na qual falava de maneira desdenhosa dos ataques de 11 de setembro do ano anterior.

Mas muitos leitores abraçaram sua história e a creditaram por ajudá-los a encarar seus próprios problemas. A notícia da sua morte foi recebida com luto e gratidão por muitos fãs nas redes sociais.

Entre outros livros de Wurtzel, estão Bitch: In Praise of Difficult Women e More, Now, Again: A Memoir of Addiction. Ensaios seus foram publicados no The New York Times, na revista New York e em outros veículos.

Num artigo de 2015, ela descreveu seu sucesso inicial na luta contra o diagnóstico de câncer.

“Mas vivo numa era de maravilhas e milagres, na qual o câncer pode ser curado como um vírus”, escreveu. “Se algum dia voltar a encontrar o câncer, descobrirei uma maneira de enfrentá-lo. Sou judia e, com isso quero dizer: nem o pior me derruba. Mas preferia ter pulado essa parte. Teria sido muito melhor.”

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