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VISÃO REFORMULADA

Débora Falabella: Impactada pelas novas informações

Em “Aruanas”, Débora Falabella se aproxima da temática ambiental da série

Por TV Press

18 de maio de 2020, às 13h45 • Última atualização em 19 de maio de 2020, às 15h15

Débora Falabella passou por uma transformação de convicções e ideais durante o trabalho em “Aruanas”, da Globo. Ao longo das gravações da série, escrita por Estela Renner e Marcos Nisti, a atriz foi impactada pelas novas informações que ia absorvendo sobre a temática ambiental.

Após finalizar sua participação na primeira temporada da série, Débora não só viu sua rotina ganhar algumas mudanças, mas também percebeu que a forma de educar sua filha sobre a questão foi modificada.

Débora Falabella – Foto: Divulgação / TV Globo

Inicialmente lançada no Globoplay, “Aruanas” chegou à tevê aberta no mês de março. A série é uma das poucas obras de dramaturgia inéditas no ar atualmente. Os Estúdios Globo, localizados no Rio de Janeiro, paralisaram as gravações de novelas e séries por conta das medidas de combate ao Covid-19.

Para Débora, o projeto é exibido em um momento importante da sociedade. A atriz, inclusive, torcia para que a série tivesse um alcance além do streaming.

“Acho que foi uma escolha muito bonita. Falar de natureza no momento em que estamos fazendo uma pausa é importante. Está tudo interligado. Precisamos parar e olhar para essa corrida desenfreada do capitalismo. Espero que a mensagem da série atinja mais gente”, defende.

Antes de se envolver no lançamento da série, Débora estava no início das gravações da segunda temporada. Porém, os trabalhos foram interrompidos por conta das medidas de isolamento social.

“Estávamos gravando há uma semana. Foi um pouco frustrante parar. Mas também foi bom para nos envolvermos nesse lançamento na tevê aberta”, afirma.

A trama de “Aruanas” debate um tema de importância social. É uma busca sua por projetos que envolvam causas que você se identifique?

Débora Falabella
Nem sempre é uma escolha pensada. Trabalhos com uma questão social forte nem sempre é uma procura. Claro que trabalhos importantes e com mensagens potentes me deixam mais instigada. Principalmente nesses tempos de agora.

Acho muito forte isso de debater temas através da dramaturgia. A gente fala de assuntos sérios que atingem ao público. Minha companhia de teatro, por exemplo, tem muitos projetos voltados para questões sociais e políticas. Com os tempos atuais, acho que naturalmente temos nos voltado para projetos assim também.

Como foi seu trabalho de construção para esse lado ativista da Natalie?

Débora
Começamos com muita informação. Tivemos uma preparação com o pessoal do Greenpeace. Foi transformador. Achava incríveis aquelas pessoas no meio do oceano, batalhando por seus ideais. Você tem uma sensação de que eles são heróis. Dá vontade de largar o emprego e ficar por ali naquela causa. Conversei com jornalistas ambientais também. Tem muito jornalista ambiental na linha frente. É um trabalho bonito e perigoso.

Quais são as principais mudanças da sua personagem na segunda temporada?

Débora A Natalie já tem seus dramas da primeira temporada e já vem transformada por algumas questões. É uma mulher sensível e com uma história de vida complicada. Ela vive um luto por conta de uma filha que perdeu durante uma gravidez avançada. É um acumulo dessas questões. Ela segue com o ativismo dela cada vez mais forte e a questão do jornalismo ambiental também. A série mostra essas mulheres fortes e que se realizam em algumas áreas, mas tem de lidar com dramas pessoais fortes e pesados.

Do ano passado para cá, a questão das queimadas na Amazônia e as políticas de preservação ambiental do atual governo têm sido controversas e bastante discutidas. Como a série se encaixa nesse contexto atual?

Débora
A série foi escrita há muito tempo, em governos anteriores. Mas acredito que agora chegamos às vias do absurdo com esse governo. Tudo que já estava explícito na série ficou colorido com tintas muito fortes. Não tinha como não olhar para isso, estava tudo na nossa cara.

Antes das medidas de isolamento social, você já estava envolvida com os trabalhos da segunda temporada de “Aruanas”. Como recebeu a notícia da paralisação das gravações?

Débora
Tivemos de parar tudo. Estávamos gravando há uma semana e já tínhamos um mês e pouco de leituras e preparações. Foi frustrante ver as gravações parando com tão pouco tempo. Com a estreia na tevê, acabamos nos envolvendo nesse lançamento.

Além do seu trabalho na tevê, você também participa de uma companhia de teatro. Como você enxerga o impacto da pandemia no setor artístico?

Débora
Tenho muita preocupação com o que vai acontecer. Tenho uma companhia há 15 anos e estamos tentando entender como auxiliar essas pessoas que trabalham com a gente. É um setor que gera muito emprego. Os artistas conseguem se adaptar ou se expressarem em outros lugares, mas para camareiras ou técnicos, por exemplos, é mais difícil. Vão ficar muito tempo parados. A gente não vai voltar para um teatro com 300 pessoas.

Passeio real pela Amazônia

As gravações da primeira temporada de “Aruanas” começaram por Manaus, no Amazonas. A viagem, inclusive, foi importante para o trabalho de construção de personagem de Débora. A atriz gravou em uma aldeia real e com atores figurantes indígenas.

“Estar na Amazônia foi imprescindível para a construção da narrativa que queríamos contar. Foi muito impactante fazer uma cena de um massacre indígena naquele cenário real. Mexeu muito comigo ver aquelas pessoas passando por isso. Na tevê, a gente vê como é grandiosa a série”, explica.

Após gravar na floresta, Débora desenvolveu uma ligação muito especial com o local. Após as gravações, a atriz voltou ao Amazonas.

“Eu já tinha ido uma vez e, depois da série, voltei com a minha filha. Fizemos uma viagem de barco linda. Ficamos imersas mesmo. Quero que essa ligação faça parte da minha vida para sempre”, valoriza.

Instantâneas

  • Em outubro do ano passado, Débora assumiu o namoro com o ator Gustavo Vaz, que também integra o elenco de “Aruanas”.
  • Durante as gravações de “O Clone”, Débora foi substituída pela irmã Cynthia Falabella. A atriz havia sido internada com meningite.
  • Quando integrou o elenco de “Chiquititas”, do SBT, a atriz chegou a morar em Buenos Aires, na Argentina.
  • Débora estreou na tevê na quinta temporada de “Malhação”, em 1999.

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