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UBUNTU

Projeto desenvolvido por professor de Americana é exibido na ONU

Mini documentário sobre “Ubuntu – Sou Porque Somos” reflete momentos significativos e a importância das artes na educação

Por Isabella Holouka

17 de junho de 2021, às 07h09 • Última atualização em 17 de junho de 2021, às 07h13

Um projeto educativo realizado com alunos do Ensino Fundamental do Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) Professor Octávio César Borghi, na Cidade Jardim, em Americana, é destaque na Exposição “Versus Art Exhibit”, que ocorre durante o mês de junho na sede da ONU (Organização das Nações Unidas), na Suíça.

Trata-se de “Ubuntu – Sou Porque Somos”, iniciativa desenvolvida pelo professor americanense Antonio Roberto da Silva, desde 2018, que em setembro de 2019 foi vencedora do 20º Prêmio Arte na Escola Cidadã, na categoria Ensino Fundamental.

O prêmio do IAE (Instituto Arte na Escola), valoriza projetos que despertam novos olhares e inspiram alunos, cidadãos e comunidades, através de ações em artes visuais, dança, música e teatro. O mini documentário exibido na galeria de exposições do Palácio das Nações foi produzido em Americana pelo IAE após a premiação.

O filme reflete momentos significativos do projeto, servindo como uma inspiração para profissionais ligados à arte-educação, e está disponível pelo Youtube do IAE. Pelo link também é possível conferir produções referentes aos outros projetos brasileiros que foram premiados e também serão exibidos na ONU.

Desenvolvido com alunos de 4º e 5º anos, o projeto é composto por leituras e releituras de artistas negros e afro-brasileiros. O professor contou ao LIBERAL que Ubuntu não parou desde a premiação – neste ano e no ano passado, com as aulas remotas devido à pandemia da Covid-19, docente e estudantes se voltaram mais à escrita, tendo como inspiração nomes como Machado de Assis e Carolina Maria de Jesus.

Professor Antonio exibe obras feitas pelos alunos através do projeto Ubuntu – Foto: Marcelo Rocha – O Liberal

“Temos como produtos finais o documentário, livro de poesias, mas o projeto é o processo. Ubuntu já gerou raízes, e vai dar mais frutos ainda, porque agora está rodando o mundo. Não é pelo prêmio, mas a arte-educação, com todas as dificuldades que estamos enfrentando, assim como a cultura e o esporte, são possíveis”, afirmou Antonio.

Ele conta que a experiência não visa apenas o aprendizado de técnicas artísticas, mas um trabalho mais profundo e coletivo. “A empatia traz a autoestima. Quando eu apresento Carolina Maria de Jesus de uma forma dramática, o aluno se sente no mundo da artista, empaticamente se coloca no lugar dela. Depois, mergulha dentro de si. A empatia e o companheirismo estão ligados”, afirma.

“O documentário deixa claro que o fazer artístico vai muito além, porque traz uma filosofia, reflexões e o principal, que é trabalhar o ser humano”, finaliza.

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