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Ameriafro

Evento busca preservar e valorizar a cultura afro em Americana

Evento terá expositores de artesanato, trancistas, artigos religiosos, roupas, bonecas, acessórios, itens de estética e cosmética

Por Marina Zanaki

23 de outubro de 2021, às 09h34

Jovem é membro do Uninegro, um dos coletivos que está organizando o evento - Foto: Marcelo Rocha - O Liberal.JPG

Quando o assunto é a história de Americana, dois grupos de imigrantes ganham grande destaque por sua importância – os europeus e os confederados americanos. Contudo, a contribuição dos negros para a formação da cidade muitas vezes passa despercebida. Em busca de preservar essa história e valorizar a cultura afro, dois coletivos realizam a primeira feira negra de Americana.

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A Ameriafro está marcada para o dia 6 de novembro, das 9h às 15h, na Praça Comendador Muller. Com entrada gratuita, o evento conta com o apoio da Prefeitura de Americana e do Grupo Liberal.

Membro do Uninegro, um dos coletivos que está organizando o evento, Pedro Monteiro destacou a relevância da iniciativa.

Jovem é membro do Uninegro, um dos coletivos que está organizando o evento – Foto: Marcelo Rocha – O Liberal.JPG

“Americana é uma cidade bastante conservadora, até por sua formação. Como a história vem sendo contada na cidade, se privilegia apenas a contribuição de alguns grupos populacionais, os imigrantes europeus e confederados, que foram muito importantes para a construção da cidade, mas a contribuição do negro não tem sido contada”, disse o membro do coletivo.

“Trazer uma feira preta para Americana faz parte de preservar essa história e valorizar a cultura que, até então, não tem tido o espaço que merece na cidade”, destacou Pedro.

Vice-presidente do Centro Cultural Candeeiro, Adriana Ferreira destacou que um dos objetivos da feira é fomentar a geração de renda, principalmente diante das dificuldades enfrentadas pela comunidade negra diante da pandemia.

Adriana Ferreira destaca que um dos objetivos é fomentar a geração de renda – Foto: Ernesto Rodrigues – O Liberal.JPG

“Também pertencemos a essa cidade, temos cultura, empreendedorismo. Haja vista que a pandemia está afetando a todos e também a comunidade negra, a ideia é fomentar, trazer renda para essas pessoas, e mostrar a diversidade e cultura”, convidou Adriana.

EXPOSITORES. O evento terá expositores de artesanato, trancistas, artigos religiosos, roupas, bonecas, acessórios, itens de estética e cosmética. Além disso, o público poderá aproveitar comidas típicas, como acarajé, tapioca, bolos africanos e cocada.

O empreendedor Alan Malves estará na Ameriafro expondo suas biojoias. “São acessórios ecológicos, sustentáveis e brasileiros, com resíduos da natureza, frutos, flores, cascas, sementes, pedra e madeira”, contou o empresário. “Vai ser maravilhoso ter esse evento cultural em Americana, precisamos disso, principalmente um que fale da cultura afro em Americana, que é tão maravilhosa e a gente precisa valorizar”, finalizou Alan.

A programação da feira inclui ainda apresentações de grupos de capoeira do Jardim dos Lírios e do Parque Gramado, maracatu do Baque Mulher de Americana, jongo, apresentações de poesia e slam. No intervalo entre as performances, será tocado um repertório da comunidade negra, como samba e músicas de carnaval.

A organização do evento pretende realizar duas edições anuais da Ameriafro – uma em novembro, para marcar o mês em que é comemorada a Consciência Negra, e outra em julho, em referência ao Dia da Mulher Negra.

A Ameriafro conta com o apoio de outras feiras pretas da região, como Afromix, de Campinas; Afropira, de Piracicaba; e a Feira das Pretas, em Rio Claro.

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