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mulheres de hopper

Escritora de Campinas representa o universo íntimo feminino em livro de poesias

Katia Marchese se inspirou em quadros de Edward Hopper para retratar a solidão da mulher urbana

Por Isabella Holouka

17 de março de 2021, às 07h56

A escritora de Campinas Katia Marchese lança neste mês o seu primeiro livro solo de poesias. Em “Mulheres de Hopper” ela retrata o universo íntimo feminino em 26 poemas ilustrados e inspirados em obras de Edward Hopper, artista norte-americano conhecido por suas pinturas de mulheres em momentos íntimos e de solidão, entre as décadas de 1930 e 1960.

O lançamento do livro pela Editora Patuá será nesta sexta-feira (19) pela plataforma Zoom e redes sociais da editora. Além de Katia, o evento virtual contará com a presença do editor Eduardo Lacerda; Luiza Romão, que faz a apresentação do livro; a escritora e pesquisadora Ana Rüsche, responsável pelo prefácio; e Isabela Sancho, autora das 26 ilustrações do livro que são inspiradas nas obras de Edward Hopper.

A publicação está disponível em pré-venda no site da editora e continuará depois do evento de lançamento oficial, sendo que quem comprar na pré-venda ganha um kit com ecobag.

Capa do livro Mulheres de Hopper – Foto: Divulgação

Em “Mulheres de Hopper”, Katia Marches faz um recorte das telas de Hopper em quatro divisões temáticas: trajetos, janelas, quartos e casas. Assim, ela oferece um cenário que mostra o cotidiano feminino.

“É uma característica minha escrever a partir da produção de imagem. E o que sempre me chamou a atenção na obra de Hopper, além do realismo da vida urbana, foi que ele tem aproximadamente 28 quadros de mulheres sozinhas. E ele retrata mesmo a solidão urbana e a condição da mulher. E essas mulheres sempre me inspiraram muito porque parece que você pode assistir o pensamento delas, perceber pela luz e sombra de Hopper essas histórias”, contou a autora ao LIBERAL.

Segundo ela, a solidão do universo feminino muitas vezes é um fio condutor de uma transformação para a solitude. Por meio de versos precisos e impactantes, a escritora leva o leitor a experimentar os mais profundos sentimentos, angústia, sonhos, resiliência e a própria solidão.

Poemas de Mulheres de Hopper também remetem à vida profissional da autora – Foto: Divulgação

“Foram em seus quartos, em sua vida doméstica, ou dentro de sua solidão de mulher trabalhadora, condições impostas, que elas tiveram que aprender a salvar a si próprias, serem suas próprias heroínas. E este é o grande mote do livro, a solidão vira solitude, aprender a ser feliz consigo próprio e se cuidar”, afirma Katia.

Os poemas também remetem à própria experiência profissional da autora. Como assistente social, trabalhou por mais de 30 anos com mulheres em situação de vulnerabilidade na periferia de Campinas.

O livro “Mulheres de Hopper” é resultado da premiação de Katia no ProAC, do governo do Estado de São Paulo em 2019. Além do livro patrocinado, a poetisa programou uma série de oficinas gratuitas em Campinas, com o objetivo de discutir a situação de vulnerabilidade social da mulher. Devido ao avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), as atividades precisaram ser adiadas.

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