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Cultura na região

Documentário ‘Pausa: O intervalo do mundo’ traz reflexões sobre a pandemia

Trabalho reúne personalidades de diferentes áreas do conhecimento que dissertam sobre o período da pandemia

Por Isabella Holouka

13 de fevereiro de 2021, às 09h00

Quando decidiu tirar um ano sabático em 2018, o jornalista e escritor Patrick Santos não imaginava que dois anos depois o mundo todo seria obrigado a fazer o mesmo que ele fez por escolha: parar.

E foi neste cenário de incertezas e reflexões que ele produziu o documentário “Pausa: O intervalo do mundo”, com apoio da Drover Filmes e Panflix, que está disponível no YouTube.

Patrick Santos, jornalista e escritor, produziu o documentário – Foto: Divulgação

Patrick trabalhou por duas décadas na Rádio Jovem Pan, na capital paulista, quando se viu em uma jornada intensa e desgastante de trabalho, que o alertou para a necessidade de dar uma pausa. Seus questionamentos e aprendizados durante o período sabático geraram o livro “45 do primeiro tempo” e um podcast na Rádio Jovem Pan com o mesmo nome.

Além das reflexões pessoais de Patrick, o documentário de 45 minutos é enriquecido com depoimentos de 20 personalidades de diferentes áreas do conhecimento, que dialogam sobre os aprendizados resultantes da pandemia. Ao todo, a produção levou seis meses para ser concluída.

“Não foi à toa que o mundo parou. Trânsito nas ruas, aeroportos lotados, poluição e estresse. Viciados na pressa, nós estávamos absortos em rotinas estafantes e muitas vezes sem sentido. Precisávamos parar”, considera Patrick.

“‘Pausa’ reflete justamente sobre isso: o que estamos fazendo de nossas vidas? Será que não está na hora de olharmos um pouco mais para dentro de nós, de buscar uma vida mais interior?”.

A ideia não é incentivar todos a largarem seus empregos para supostamente mudar de vida, mas incentivar pequenas pausas e mostrar que ninguém precisa “acelerar o tempo inteiro”. Assim, o jornalista e escritor também reflete sobre o futuro do trabalho.

“Se o mundo corporativo hoje tem um desafio, ele tem a ver com gestão de pessoas. Nós todos e cada um de nós precisamos de tempo, tempo de escuta, tempo de reflexão e tempo para viver nossa essência, dentro e fora do trabalho”, diz ele.

O documentário também reflete sobre a morte. “Quando entendemos que todos nós vamos morrer, de alguma maneira, refazemos o nosso olhar sobre a vida, valorizamos o que é importante e vemos o que não é”, comenta, em entrevista ao LIBERAL.

Participam do filme grandes nomes como o rabino Nilton Bonder, Monja Coen e o teólogo Ed René Kivitz. A lista continua com a filósofa e professora Lucia Helena Galvão, o sociólogo Domenico De Masi e os escritores Amyr Klink, Milton Hatoum e Lya Luft.

Também estão no documentário a médica geriatra Ana Claudia Quintana Arantes, o surfista brasileiro Carlos Burle, o físico Marcelo Gleiser, e outros especialistas de diferentes áreas.

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