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Cultura na região

CineMaterna acolhe mães com bebês em sessões adaptadas em Santa Bárbara

Idas ao cinema se tornam menos frequentes com crianças pequenas, mas o projeto adapta salas para recebê-los

Por Stela Pires

21 de julho de 2024, às 09h00

A dona de casa Ana Carolina da Silva Oliveira, de 28 anos, não ia ao cinema há pouco mais de um ano, uma opção de lazer que era frequente em seu dia a dia com o marido Edinaldo Pereira de Oliveira, 42. O casal se privou de frequentar as salas por receio do restante do público se incomodar com uma nova e essencial parte de suas vidas: a pequena Emanuelly.

Essa era a primeira vez em um ano e um mês, desde o nascimento de Emanuelly, que Anna Carolina ia ao cinema – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

“A gente pensava em vir, mas não sabíamos nem se poderíamos entrar com ela por causa do barulho, porque criança não fica quieta”, disse o pai. Esse é o contexto de muitas famílias com bebês.

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A realidade do casal mudou há cerca de dois meses, quando Ana Carolina e Edinaldo encontraram um projeto exclusivo para mães frequentarem o cinema com os seus bebês sem o medo do julgamento, o CineMaterna.

Criado em 2008, o projeto realiza sessões de cinema adaptadas para mães e pais com bebês de até 18 meses por todo o país. Na RPT (Região do Polo Têxtil), o Moviecom do Tivoli Shopping, em Santa Bárbara d’Oeste, é o único que recebe sessões do CineMaterna. 

O LIBERAL esteve em uma das exibições, no dia 28 de maio, para conhecer o projeto. As sessões acontecem a cada dois meses.

O Projeto CineMaterna é sinalizado logo na entrada da sala com um banner. Ana Carolina e Edinaldo estavam em frente se preparando para o retorno às salas de cinema. 

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“É uma sessão perfeita, porque o filme é bem legal. Com essa oportunidade que o CineMaterna trouxe, a gente pode criar memórias junto com ela”, contou a mãe.

Ana soube do projeto através da indicação de amigas e da internet, e concluiu que seria o ambiente ideal para levar Emanuelly ao cinema pela primeira vez.

A sala tem iluminação baixa e o ar-condicionado tem a temperatura ajustada para ser mais amena. O som da exibição, que pode acabar assustando as crianças, tem o volume reduzido.

Isabela Alves de Lima, Felipe Breando de Oliveira e Silvana Alves de Lima, na segunda sessão do pequeno no CineMaterna – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

Um trocador fica disposto dentro da sala de cinema, além de um tapete de EVA com brinquedos para os bebês que já engatinham. Uma área do espaço também é reservada para o “estacionamento de carrinhos”.

Além da sala preparada especialmente para o conforto dos bebês, voluntárias também estão à disposição para ajudar as mães.

A fisioterapeuta Silvana Alves de Lima, de 29 anos, estava na sessão pela segunda vez com o filho Felipe, de um ano. À reportagem, ela contou que a ideia do projeto agradou por causa do sentimento de falta de atividades durante o puerpério. 

“Saber que existe uma sala que é preparada para eles, que a gente não vai precisar ficar incomodada, foi demais”, disse. “Na hora que eu vi eu falei ‘eu preciso experimentar’, tanto que a ideia é sempre repetir”.

O retorno é esperado

As voluntárias Denise Paternostro Bueno da Silva e Amanda Gava ficam à disposição para auxiliar as mães – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

De acordo com a doula Denise Paternostro Bueno da Silva, 61, voluntária do CineMaterna, as mães costumam retornar para outras sessões.

Tanto retornam que a fisioterapeuta doula Amanda Gava, de 33 anos, se candidatou como voluntária do projeto e estava no seu primeiro dia. Ela frequentou as exibições com o bebê Leonardo cinco vezes antes.

“Quando a gente sai com um bebê pequeno, a gente precisa de um ambiente mais adaptado”, contou a nova voluntária. 

As sessões adaptadas acontecem a cada dois meses e o filme que será exibido pode ser escolhido pelo público através de votação no site do projeto, o www.cinematerna.org.br. A próxima exibição em Santa Bárbara será no dia 30 de julho, uma terça-feira, às 14h.

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