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Cultura na região

Banda CO2 Zero promove seis ações online pela conscientização ambiental

Grupo de Santa Bárbara d’Oeste que utiliza a energia gerada por bicicletas para apresentações

Por Isabella Holouka

13 de março de 2021, às 09h11

Tem início neste domingo (14) uma série de ações da Banda CO2 Zero, de Santa Bárbara d’Oeste, que ganhou notoriedade por ser pioneira na temática das mudanças climáticas, além de ser adepta do uso de energia renovável, com bicicletas que geram eletricidade para os instrumentos – ou seja, sem emissão de dióxido de carbono.

O tema dos eventos serão as mudanças climáticas, água, terra e energias renováveis, com base nas metas do Acordo de Paris, para o período até 2030, que foi firmado em 2015 durante a COP 21 (21ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas).

Apresentações da Banda CO2 Zero dependem de energia elétrica gerada por bicicletas – Foto: Divulgação

A banda foi contemplada pela Lei Federal Aldir Blanc em Santa Bárbara d’Oeste e fará seis ações de conscientização, duas por domingo. Os encontros virtuais serão nos dias 14 e 21 de março, com encerramento no dia 18 de abril, sempre às 10h e 16 horas. O público poderá acompanhar pelo Facebook da banda (@bandaco2zero) ou pelo canal no Youtube (Banda CO2 Zero SBO).

“Como nossas músicas não tem um tom de agressão, elas são dicas, sugestões, não passamos por ‘eco chatos’”, contou ao LIBERAL o fundador da banda, engenheiro elétrico, professor e baterista, José Carlos Armelin.

Fundador da banda, Armelin é engenheiro elétrico, professor e baterista – Foto: Divulgação

Segundo ele, mesmo quem não sabe nada sobre o assunto costuma se aproximar pela curiosidade. “Aquele cenário do pessoal tocando guitarra, violão, funcionando com a energia das bicicletas, causa uma reflexão de que energia renovável é possível”, descreve Armelin, que é um incentivador da criação de ciclovias e do uso das bicicletas como meio de transporte em Santa Bárbara.

A banda nasceu em 2008 no município, e já foi tema de reportagens do LIBERAL. Além de Armelin, fazem parte da CO2 Zero o professor de engenharia ambiental e químico Kleber Amedi, no violão e voz; o técnico em informática Reginaldo de Oliveira, também no violão e voz, e o administrador de empresa Maximiliano de Cillo, na guitarra e voz.

O nome da banda é uma alusão ao protocolo de Kyoto e o público (nas apresentações presenciais pré-pandemia) era convidado a pedalar nas BiciGretas, homenagem a jovem ambientalista Greta Thunberg.

“CO2 é o gás chamado dióxido de carbono. Quando você usa petróleo ou até mesmo o etanol, você libera bastante deste gás durante a queima. Ele é responsável pelo aquecimento global. E na engenharia o ‘zero’ significa equilíbrio. Para equilibrar a liberação de CO2 você pode fazer duas coisas, ou deixar o carro na garagem ou plantar muitas árvores”, explica o idealizador da banda.

Cerca de 50 pessoas costumavam pedalar em mais ou menos uma hora de apresentação, conta Armelin, e o quarteto nem precisava pedir à elas para que cedessem sua energia. Mas a banda também se permitia um blackout.

“Permitimos a todo mundo parar de pedalar e não usamos energia acumulada, então há um apagão na apresentação e não funciona mais a banda. Aí as pessoas voltam a pedalar e descobrem que aquilo ali é de verdade mesmo”, revela Armelin.

Além das ações, o projeto aprovado pelo edital da Lei Aldir Blanc prevê uma oficina presencial no dia 17 de abril, com o objetivo de ensinar sobre a geração de energia para um evento de maneira segura. Segundo Armelin, o intuito do evento também é incentivar outros grupos musicais a optarem pela energia limpa na produção de seus shows, aproveitando o momento de pequenos eventos, quase sempre com transmissão pela internet.

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