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Trabalho

Claudia Raia e um segredo guardado a sete chaves

Recuperada a Covid-19, Claudia Raia relembra os segredos da trama de “A Favorita”, exibida no Globoplay, e projeta próximos trabalhos

Por TV Press

18 de junho de 2020, às 15h52

Quando se está imerso em um novo trabalho, o normal é falar sobre o projeto a todo o momento. Claudia Raia, no entanto, precisou ser cautelosa com as informações que fornecia durante as gravações de “A Favorita”, novela de João Emanuel Carneiro, que entrou recentemente para o catálogo do Globoplay.

Originalmente exibido entre 2008 e 2009, o folhetim era marcado pela rivalidade entre as personagens Donatella e Flora, interpretadas por Claudia e Patrícia Pillar. O desfecho da trama intrigava o público na conclusão de quem seria vilã e mocinha. Fato que foi revelado apenas no capítulo 60.

Claudia Raia precisou encurtar uma temporada por Portugal logo no começo da pandemia na Europa – Foto: Divulgação

“Desde o início, só eu, a Patrícia, o Ricardo (Waddington, diretor) e o João sabíamos quem era boa e quem era má. Então, toda a minha construção precisava ter uma coerência para esse momento da revelação. Quando esse momento chegasse, o público precisaria entender porque a Donatella era essa mulher bruta, rude, controladora e que realmente parecia a vilã, mas não era. Foi um trabalho de muitas camadas, muitas conversas e muita direção”, explica.

Ao saber os detalhes iniciais do projeto durante o convite, Claudia ficou ressabiada quanto à estratégia de João Emanuel de não revelar quem seria a mocinha e a vilã da trama.

“Pensei: ‘esse homem só pode ser maluco’. Muito ousado só revelar isso mais à frente. Mas a novela era tão maravilhosa e tão bem escrita que aguentou segurar essa revelação. Tinha muita história rolando nos capítulos. Quando a revelação veio, foi então que a novela estourou”, relembra.

Apesar de não ser uma produção inédita, Claudia acredita que o público do Globoplay terá detalhes novos para se aprofundar ao longo da exibição. Com a informação de quem é vilã e de quem é a mocinha esclarecida, o telespectador irá prestar atenção em outros aspectos da trama.

“Acho que o público poderá reparar mais na nossa construção. Tem um lado de ineditismo muito bom nisso. Sabe aquele filme que você vê pela segunda vez e então presta atenção no trabalho do ator? Vai ser mais ou menor isso”, aponta.

ALÉM DA ILUSÃO
De folga da tevê desde o fim de “Verão 90”, Claudia estava aguardando o mês de junho para começar a pré-produção de “Além da Ilusão”, nova novela das seis da Globo. Porém, assim como boa parte do mundo, a atriz viu seus planos serem alterados em virtude do novo coronavírus. Os trabalhos e a estreia foram adiados.

“A minha novela vinha depois de ‘Nos Tempos do Imperador’, mas agora não sei mais. Vou fazer a mãe da Larissa Manoela e estou bem empolgada. É um projeto muito bonito e de época. Fiz poucas coisas de época na minha trajetória”, ressalta.

Mas não foram só os planos para tevê que foram alterados. Claudia precisou encurtar uma temporada por Portugal de seu espetáculo “Concerto Para Dois” logo no começo da pandemia na Europa.

“Viemos quase fugidos de Portugal. Consegui tirar do País minha equipe de 15 pessoas em 24 horas. Caso contrário, não teríamos voltado porque o governo fechou tudo. Não fizemos duas cidades em Portugal. Nossos planos são de voltar em São Paulo com a peça quando for possível”, aponta.

Alerta à população
Claudia Raia entrou para as estatísticas. Já no Brasil e cumprindo a quarentena, a atriz pegou Covid-19. Ela teve uma versão branda da doença e apresentou sintomas apenas durante cinco dias. Porém, decidiu tornar sua história pública como uma forma de alertar a população para a gravidade da situação.

“Acho que o ator, o artista, tem um pouco essa função de conscientizar. Costumo dizer que os artistas são os médicos da alma. Somos formadores de opinião e temos alguma credibilidade. No meu caso, não foi um drama (a doença). Estava há 65 dias em casa, mas me infectei no botão do elevador. Estava de máscaras e bebendo álcool gel (risos)”, explica Claudia, que ficou receosa de revelar que tinha se infectado no começo.

“Estava tentando entender como essa doença ia se manifestar em mim. Resolvi falar porque comecei a ver as pessoas completamente descontroladas na rua, todo mundo nas casas bebendo, fazendo churrasco. Essa doença escolhe aleatoriamente. Tem gente que fica muito grave, tem gente que morre. Há uma parcela da população que não acredita. Isso não é um problema do Brasil, é um problema do mundo. Os países que não acreditaram foram para o fundo do poço”, alerta.

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