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Cinema

Brasil volta ao Festival de Berlim com ‘Todos os Mortos’

Por Agência Estado

29 de janeiro de 2020, às 08h57 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h14

No ano passado, houve uma expressiva participação brasileira na Berlinale, com Marighella, de Wagner Moura, exibido fora de concurso. Em 2020, o Brasil estará de volta à competição, com Todos os Mortos, de Marco Dutra e Caetano Gotardo, três anos após Joaquim, de Marcelo Gomes, estar entre os selecionados.

Berlim anunciou na manhã desta quarta-feira, 29, sua competição oficial, e o Brasil volta a concorrer ao Urso de Ouro, que já recebeu por Central do Brasil, de Walter Salles, e Tropa de Elite, de José Padilha. Neste ano, a competição acontece entre 20 de fevereiro e 1º de março. Além de Todos os Mortos, o País participa com 18 outros filmes em diversas sessões do festival.

O Brasil na virada do século 19 para o 20. Três mulheres, a mãe e as duas filhas. O marido está ausente e nunca voltará. Todos os Mortos começa com a morte da doméstica, uma antiga escrava. A família, a propriedade, tudo está implodindo. A mãe fica muito doente, a filha mais velha não tem tempo de cuidar dela e confia a tarefa à mais nova.

Ana é seu nome, e ela é obcecada pelo passado escravocrata da família. A lembrança dos antigos escravos a assombra, e tudo se passa no período entre a data da independências, o Dia dos Mortos e o carnaval. Incapazes de se integrar ao clima de euforia – com as festas e a modernização de São Paulo -, as três mulheres perdem o contato com a realidade e mergulham na doença e na loucura.

Com produção da Dezenove, de Sara Silveira, Todos os Mortos marca a nova incursão do talentoso Dutra pelo cinema de gênero, após Trabalhar Cansa, Quando Eu Era Vivo, O Silêncio do Céu e As Boas Maneiras. Dutra tem uma bem sucedida parceria com Juliana Rojas, mas, dessa vez, ela assina a montagem e o codiretor é Caetano Gotardo. Dutra e ele já fizeram Quando Eu Era Vivo e Gotardo, sozinho, dirigiu O Que Se Move e Seus Ossos, Seus Olhos.

O filme de abertura do festival será Meu Ano de Salinger, de Philippe Falardeau, com Sigourney Weaver. O filme aborda o universo literário de Nova York, nos anos 1990, do ponto de vista da assistente de uma poderosa agente (Sigourney). Nas estrutura da empresa, a garota, interpretada por Elizabeth Qualley, é encarregada de responder às cartas endereçadas ao autor mais prestigiado da casa, J. D. Salinger.

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