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Série

‘Cine Holliúdy’ exalta a arte do cinema brasileiro

Série mostra a luta de um pequeno cinema do interior para se manter de pé com a chegada da televisão à cidade

Por TV Press

04 de julho de 2020, às 09h04

O entretenimento é, sem dúvidas, uma das áreas mais afetadas pela pandemia do novo coronavírus. Para se manter ativa, a indústria tem utilizado a internet para seguir próxima do público. E é justamente sobre a resistência artística que a trama de “Cine Holliúdy”, que reestreia terça, dia 7, na Globo, é pautada.

A série baseada no longa-metragem homônimo escrito e dirigido por Halder Golmes mostra a luta de um pequeno cinema do interior para se manter de pé com a chegada da televisão à cidade.

O trio Francisgleydisson (Edmilson Filho), Munizio (Haroldo Guimarães) e Marylin (Leticia Colin) conquistou o Brasil com episódios regados de muita poesia e humor regional – Foto: Divulgação

“Acho muito importante esta obra estar de volta e poder entrar na casa do povo brasileiro com algo tão leve, mas também tão importante no sentido da resistência, já que a história fala da resistência do cinema frente à televisão. Em casa, também estamos tentando inovar, estamos resistindo e tentando achar uma nova forma de nos comunicarmos com o público, seja através da música, da poesia, das lives, dos reencontros e até do audiovisual mesmo”, valoriza Patrícia Pedrosa, diretora artística.

Gravada em 2017 na cidade de Areias, no interior de São Paulo, “Cine Holliúdy” se passa em um Ceará da década de 1970. Para isso, o município de cerca de 4 mil habitantes recebeu, por três meses, um verdadeiro mutirão para transformar as fachadas de prédios e da praça central e deixá-las mais coloridas e conectadas às referências da época.

Apesar da trama leve e bem humorada, a série faz uma série de críticas aos diversos sistemas sociais e políticos do Brasil.

“O brasileiro está precisando rir de si mesmo e, com a agressividade que temos hoje, isso não tem acontecido. Eu acho que o humor e, principalmente, essa paródia que ‘Cine Holliúdy’ propõe, vão ajudar o brasileiro a se olhar um pouco e entender o que está acontecendo com a gente em vários níveis da nossa sociedade. Essa reprise vai ser muito boa e didática para todos nós. Além da alegria de rever”, afirma Márcio Wilson, que assina o texto ao lado de Claudio Paiva.

PROTAGONISTA
Assim como no longa original, a série é protagonizada por Francis, papel de Edmilson Filho. Dono da única sala de cinema da fictícia Pitombas, ele vê o faturamento da bilheteria cair com o sucesso da recém-chegada televisão, que foi instalada na praça da cidade.

Para chamar a atenção do povo novamente, Francis passa a produzir filmes falados em “cearensês” para agradar ao público. “Francis é um personagem que me acompanha desde 2004. É dedicado, sonhador, muito brasileiro. E eu tenho a sorte de fazê-lo na tevê e no cinema também. Saber do retorno da série à tevê foi uma surpresa e me deu uma felicidade muito grande. Eu fiquei muito satisfeito por ver que é uma produção que está retornando por sua qualidade”, afirmou Edmilson.

Enquanto tenta salvar o cinema, Francis se encanta por Marylin, papel de Letícia Colin. A jovem chega de São Paulo a contragosto, mas se apega à pequena cidade ao virar a estrela dos filmes de Francis.

“Aprendi demais nessa série que tanto tem a ensinar a gente. A Marylin é uma personagem que é salva pela arte, pelo cinema. E ela descobre que pode se desenvolver nesse ofício que é atuar. E a gente vê nessa história a força resistente do cinema, que é muito atual”, defende Letícia.

ELENCO
A série também conta com Heloisa Perissé e Matheus Nachtergaele, que vivem prefeito e primeira-dama da cidade, Olegário e Maria do Socorro. O projeto foi o último trabalho da atriz na tevê recentemente.

Com 10 episódios, a produção também tem as participações de Ney Latorraca, Chico Diaz, Ingrid Guimarães, Miguel Falabella, Rafael Infante, Falcão e Bruno Garcia.

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