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Ator

Izak Dahora fala da sua relação com a tevê desde a infância

Ainda criança, ele tinha o costume de assistir aos folhetins e, logo depois, brincar de recriar as cenas das tramas com seus bonecos

Por TV Press

25 de fevereiro de 2020, às 15h55 • Última atualização em 26 de fevereiro de 2020, às 08h20

As novelas fazem parte de uma memória nostálgica para Izak Dahora. Ainda criança, ele tinha o costume de assistir aos folhetins e, logo depois, brincar de recriar as cenas das tramas com seus bonecos. Fascinado pelo universo da tevê, o ator não demorou a enveredar pela área artística ainda na juventude.

Sua primeira experiência no vídeo foi para um comercial. “Ao longo da vida escolar, sempre fui o primeiro a levantar o braço quando a professora pedia para alguém ler em voz alta. Creio que ser filho único me fez ter a necessidade do outro, na escola e, posteriormente, no desejo pela arte, pelo teatro. Inicialmente, o meu objetivo era conhecer a tevê por dentro daquela caixa mágica que participou tão vivamente da minha infância. Logo percebi que eu nasci para aquilo, e nunca mais parei. Graças a Deus”, vibra Izak, que vive o divertido Tião em “Éramos Seis”.

Foto: Lukas Alencar / Divulgação
Fascinado pelo universo da tevê, Izak não demorou a enveredar pela área artística ainda na juventude

Na história de Angela Chaves, Tião é o melhor amigo de Alfredo, papel de Nicolas Prates. A partir da amizade com o filho de Lola, de Gloria Pires, o rapaz acaba se envolvendo nas lutas e discussões políticas da época.

“A grande mensagem desta relação é quanto ao valor genuíno da amizade. Tião contribui com que Alfredo veja as engrenagens do mundo de forma mais concreta, mais clara, a partir da infância e da dinâmica social; mostra a importância da responsabilidade ao amigo. Alfredo reconhece as dificuldades de Tião e é generosíssimo com o amigo, até o fim. Um compreende as limitações e dificuldades do outro. Essa amizade dos dois me emociona muito”, defende.

Prestes a completar 32 anos, amanhã, dia 24, Izak está acostumado a dividir a data com o Carnaval. Inclusive, ele mantém uma ligação especial com a festa. Izak é autor do livro “Arte Total Brasileira” (Ed. Cândido), que é um desdobramento de sua pesquisa acadêmica sobre a teatralidade dos desfiles das escolas de samba, manifestações cênicas populares e interseções de formas e linguagens artísticas.

Ele ainda foi o autor da sinopse do enredo da Acadêmicos do Grande Rio para o Carnaval 2019, integrando a equipe dos carnavalescos Renato e Márcia Lage.

“Cresci assistindo aos desfiles das escolas de samba pela tevê. Quando adolescente, percebi a força teatral, dramática, performática e narrativa deles. Pesquisei esse caráter estético do Carnaval durante o meu mestrado e escrevi um livro sobre o assunto”, afirma.

Raio X de Isaac Caetano Montes

Nascimento: Em 24 de fevereiro de 1988, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.

Atuação inesquecível: “Busco sempre olhar para o presente e creio que o meu presente é um presente. Estou fazendo ‘Éramos Seis’, cujo personagem tem uma trajetória e um final com cenas muito lindas e intensas, o que está me marcando profundamente. Ao mesmo tempo, sigo com o espetáculo ‘O Encontro – Malcom X e Martin Luther King Jr’, no qual vivo o grande ativista afro-americano Malcom X, de uma trajetória relevante no mundo inteiro quanto à luta antirracista. Vivo um momento forte artisticamente”.

Interpretação memorável: Al Pacino no filme “O Poderoso Chefão”, de Francis Ford Coppola.

Um momento marcante na carreira: “O atual”.

O que falta na televisão: “Mais debate, espaço para o debate de ideias. Mais programas de entrevistas. Adoro entrevistas. De vez em quando, acesso ao Youtube para caçar boas entrevistas que já passaram na tevê. Gostaria, inclusive, de um dia apresentar um programa do gênero, pelo prazer da boa conversa”.

O que sobra na televisão: “Por vezes é chato ver formatos que dão certo em alguns canais ou circunstâncias serem repetidas à exaustão”.

Com quem gostaria de contracenar: Fernanda Montenegro.

Se não fosse ator, o que seria: “Se não fosse artista, seria artista. Nasci para isso. É minha missão, meu destino”.

Ator: “São tantos… e são momentos”.

Atriz: “São tantas…”.

Novela preferida: “A Próxima Vítima”, de 1995, da Globo.

Vilão marcante: Francesca Ferreto, que viveu Tereza Rachel em “A Próxima Vítima”.

Personagem mais difícil de compor: “O maior desafio é sempre o próximo. E gosto que seja assim. Sempre em frente, sempre me reinventando”.

Que novela gostaria que fosse reprisada: “Renascer”, de 1993, da Globo, e “A Próxima Vítima”.

Que papel gostaria de representar: “Sou muito ligado à espiritualidade, tenho muita fé, então tenho o desejo de viver um grande líder espiritual (honesto e iluminado). E também um maestro – minha vida na arte começou na música. Toco violino, a música me move. Deliraria de emoção em cena vivendo um maestro”.

Filme: “Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembranças”, de Michel Gondry, “O Segredo Dos Seus Olhos”, de Juan José Campanella, e “Malcolm X”, de Spike Lee.

Autor predileto: “Sou apaixonado pela obra de Fernando Pessoa e de Machado de Assis”.

Vexame: “Não sei jogar xadrez, não sei jogar cartas (baralho, buraco…). Nada disso (risos)”.

Uma mania: “Não deixar quadro torto ou gaveta aberta (risos)”.

Um medo: “De ter de sofrer para morrer”.

Projeto: “Vários. Vou contar um: seguir escrevendo meu próximo livro”.

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