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Rede Globo

Érico Brás se aventura na apresentaçãodo ‘Se Joga’

Ao longo dos anos em que está na tevê, o ator foi construindo uma trajetória sólida dentro do humor da Globo

Por TV Press

25 de fevereiro de 2020, às 11h58 • Última atualização em 25 de fevereiro de 2020, às 15h55

Para Érico Brás, nada é por acaso. Ao longo dos anos em que está na tevê, o ator foi construindo uma trajetória sólida dentro do humor da Globo. Participando de projetos como o extinto “Tapas & Beijos” e o “Zorra”, o baiano de 40 anos tinha metas muito concretas para sua carreira e que iam além da dramaturgia.

No ano passado, ele começou a mostrar mais de si no vídeo ao participar do “reality show” “Popstar”. Agora, sem personagens ou caracterização, ele divide o comando do “Se Joga”, programa vespertino da Globo, com Fernanda Gentil e Fabiana Karla.

“Essa nova fase é, além de um desafio, uma coroação da minha carreira. Eu escolhi fazer arte, o teatro me trouxe até aqui. Tudo o que passei no cinema, nas artes e na televisão vem para coroar meu trabalho como apresentador”, explica Érico, que não abandonou a dramaturgia.

Foto: Divulgação / TV Globo
O convite para integrar o elenco do “Se Joga” fez com que Érico interrompesse uma viagem para a Nigéria

“Quero deixar claro que não deixei de ser ator. Sou um ator-apresentador ou um apresentador-ator. Mas, por enquanto, não tenho outros projetos. Estou me adaptando a essa nova rotina”, completa.

O convite para integrar o elenco do “Se Joga” fez com que Érico interrompesse uma viagem para a Nigéria. Enquanto estava no País africano, o ator recebeu uma ligação da produção para uma conversa inicial. Inicialmente, Érico planejava uma viagem pela região da Escandinávia, mas houve uma mudança nos planos.

“Adoro estudar história. Sou apaixonado pela Escandinávia e me programei para conhecer, mas um amigo estava organizando uma viagem para a Nigéria e troquei tudo. No meio do passeio, a produção me ligou. Era uma sexta e ele queriam que eu estivesse nos Estúdios Globo na segunda. Corri para antecipar tudo”, lembra.

O “Se Joga” não é a primeira parceria entre Érico e Fernanda. Os dois já tinham comandado um programa na Rádio Globo. Além disso, o ator também pode ser visto atualmente ao lado de Fabiana Karla na nova versão da “Escolinha do Professor Raimundo”.

“Eu já tinha uma relação com a Fabiana, do ‘Zorra’, de outros trabalhos como o ‘Popstar’, ‘Escolinha’… A gente já tem uma amizade que vai além daqui. A Fernanda eu já tinha encontrado em um programa de rádio e a química bateu de cara e isso vem se desenvolvendo ao longo do processo de criação do projeto”, vibra.

Você vem de uma trajetória forte no humor e na dramaturgia. Como foi essa transição para a apresentação?

Érico Brás

O grande barato do artista brasileiro é que ele pode ser tudo. Eu sempre admirei os artistas norte-americanos porque eles cantam, dançam, atuam, apresentam, produzem. No Brasil, falta a gente se jogar um pouquinho mais nisso. Eu sempre olhei por esse lado. Quando eu entrei na Globo, em 2010, eu já pensava nisso: eu quero fazer tudo que eu posso fazer. E uma das coisas que eu almejava era ser apresentador.

É claro que eu fui ocupando os espaços como ator, no humor. Fui construindo minha carreira, os meus planos e projetos. E tinha um plano de, em algum momento, ser também apresentador. Eu estou muito feliz porque acho que é a hora certa de fazer isso. Uma coisa que eu gosto de fazer é pegar esse humor que eu fiz e faço a vida inteira e levar para o programa porque eu acho que é um ingrediente que vai ajudar nesse horário da tarde com o objetivo que a gente tem.

Assim como ocorre no teatro, o programa é realizado ao vivo e conta com plateia. Como está sendo essa experiência de lidar com o público em um novo formato?

Érico

Eu não tiro isso de letra. Eu acho que as coisas são experiências. Uma coisa que me ajuda muito é a minha experiência no teatro. O teatro tem uma coisa muito boa, e que é característica desse programa também, que é ser efêmero. O teatro começa e termina todo dia. Por mais que você tenha um roteiro, você pode começar e fazer todo dia diferente. Inclusive responder ao que o público quer.

O público quer ver você alegre, interpretando bem o que se propõe a fazer. Eu acho que o nosso programa tem um pouco disso. O fato de ser de segunda a sexta, todo dia começa, todo dia termina e a ideia é que as pessoas gostem e fiquem com a gente nesse período.

Como você está coordenando sua rotina de estudos para se manter atualizado durante a semana?

Érico

O artista em geral tem de estar antenado, até porque ele é um agente de transformação da sociedade. Eu sempre procuro dar uma olhada, leio jornal. Agora na internet, eu vou buscar nos sites porque as pessoas sempre querem saber a minha opinião sobre determinados assuntos.

Não que eu tenha a obrigação de opinar sobre tudo, mas eu faço questão de estar atualizado e escolher se eu quero opinar ou não. Tem uma coisa que eu acho muito bacana nesse momento diferente da minha vida como apresentador. O apresentador está mais ligado ao jornalismo, se eu posso classificar assim.

Como assim?

Érico

O ator tem essa necessidade de estar bem informado, mas o jornalista tem a necessidade de estar bem informado para bem informar as pessoas e conseguir a imparcialidade. Para isso você precisa estar bem informado, entender o que é o fato, checar as fontes para não cometer o erro de dar uma informação com uma fonte falsa e, automaticamente, deixar de ser imparcial.

O programa conta com três apresentadores de perfis bem diferentes. Qual a importância da representatividade para o projeto?

Érico

Não dá para olhar para mim e dizer: “Esse cara não é preto”. As três pessoas no palco formam um combo de representatividade na programação. A Globo colocar no ar esse programa que contempla a diversidade é importante. Claro que falta muita coisa, mas essa renovação é importante. Tem nordestinos, gay, gordinha, mulher… A gente contempla a diversidade do brasileiro. O teatro brasileiro, como no mundo todo, é político.

“Se Joga” – Globo – Segunda a sexta, às 14h.

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