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microssérie

Chacrinha: No comando da massa

Lançada em 2018, 'Chacrinha: O Velho Guerreiro' aglutina ficção e realidade para valorizar o legado do Velho Guerreiro

Por TV Press

13 de janeiro de 2020, às 15h47

Homenagens a grandes nomes do entretenimento brasileiro já se tornaram tradicionais na programação de início de ano da Globo. Depois de Tim Maia e Elis Regina, é a hora de Abelardo Barbosa ter sua cinebiografia adaptada para o formato de microssérie de quatro episódios: “Chacrinha: O Velho Guerreiro”.

Lançada em 2018, a minissérie tem direção de Andrucha Waddington e roteiro de Claudio Paiva e será exibida na emissora a partir de terça, dia 14 de janeiro. Trata-se de uma versão estendida do longa entremeada por farto material documental, que inclui a participação de celebridades do universo do homenageado e imagens raras oriundas dos arquivos de emissoras como a própria Globo e também Tupi, Excelsior e Band, entre outras.

Foto: Divulgação
Chacrinha: O Velho Guerreiro

“Esse diálogo entre o cinema e a tevê é muito importante no sentido de que agora o público dessa história será muito mais abrangente. Chacrinha foi o maior ícone pop que o Brasil teve no Século XX e merece essa visibilidade. Ele inventou uma maneira de fazer rádio e televisão que até hoje é imitada. Mas o custo disso foi muito alto. Ele era um visionário, vivia para trabalhar, o que prejudicou sua vida pessoal, o convívio com a família”, analisa Andrucha.

Estrelada por Stepan Nercessian e Eduardo Sterblitch, que vivem Abelardo em fases diferentes, a produção lança um olhar mais humano sobre a figura excêntrica que o comunicador acabou “alimentando” ao longo de uma carreira de mais de quatro décadas.

Como nada na vida de Abelardo parece ser comum, o início da história mostra o jovem pernambucano que abandonou a faculdade de Medicina para viver como músico e, posteriormente, sua súbita vinda para o Rio de Janeiro.

O que seria apenas uma “parada” do navio onde trabalhava como baterista, foi a descoberta de uma nova cidade para viver. Com uma voz personalíssima, começou sua carreira na Rádio Tupi e, em seguida, conquistou a tevê a bordo do sucesso “Discoteca do Chacrinha”.

“Sabia muito pouco do Chacrinha, nasci um ano antes de sua morte (1988). Cresci com a imagem do cara engraçado e meio palhaço que ele transmitia. Depois, descobri que ele era muito mais. O filme e a série mostram bem o homem dos bastidores. Vai encantar quem já o conhecia e quem não o conhece, porque ele foi um verdadeiro mito”, valoriza Eduardo Sterblitch.

A intimidade de Stepan Nercessian com o personagem é, definitivamente, muito maior. O ator bem que relutou ao convite de Andrucha Waddington para viver o personagem em “Chacrinha, O Musical”, de 2014, mas acabou cedendo à riqueza do papel.

Ao longo dos anos, interpretou Abelardo no especial “Chacrinha, o Eterno Guerreiro”, de 2017, e no longa lançado no ano passado. Muito à vontade no papel, Stepan adorou a ideia de dividir o personagem com Sterblitch.

“Houve uma troca muito intensa, além do fato de sermos amigos e nos darmos muito bem. Edu não escondeu a pressão por fazer um personagem com alguém que já o interpreta há muitos anos. Ensaiamos juntos. Li cena por cena com ele, fizemos um estudo profundo do roteiro e cheguei até a fazer cenas que eram dele, que ele gravava para depois estudar. Nesse processo, acabei indo ainda mais fundo nas angústias do Abelardo”, conta Stepan.

Personagens na vida de Chacrinha

Captada entre janeiro e outubro de 2017 em diversas externas e estúdios cariocas, a produção conta com personagens marcantes da trajetória de Chacrinha, como Elke Maravilha, Rita Cadillac e José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-todo poderoso da Globo, interpretados por Gianne Albertoni, Karen Junqueira e Thelmo Fernandes, respectivamente.

Ao longo de 2019, cenas extras e o material de arquivo foram sendo adicionados às sequências do filme.

Para o roteirista Cláudio Paiva, as imagens sobre os cassinos, a era do rádio, o início da televisão, a dinâmica com os calouros, os lendários números musicais e concursos, além da mítica em torno das chacretes e a influência de Chacrinha no movimento Tropicalista ajudam a mostrar ao público a real face do apresentador, que faleceu de infarto do miocárdio e insuficiência respiratória, aos 70 anos.

“O material documental da série colabora com a parte ficcional de uma maneira muito interessante, porque contextualiza a figura do Chacrinha e sua personalidade com a época em que ele viveu”, explica Paiva.

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