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Atriz

Carla Salle: uma questão de afinidade

Na pele da independente Leila, de “Totalmente Demais”, atriz celebra diversidade na carreira

Por Da redação

28 de junho de 2020, às 16h24

Em meados de 2015, Carla Salle ainda estava nas gravações de “Babilônia” quando soube do processo de escalação para “Totalmente Demais”. Com 24 anos à época e cheia de disposição para conquistar um espaço maior na tevê, ela fez o teste para viver a feminista Leila sem muita pretensão. Afinal, ainda estava no ar como a prostituta Helô na novela das nove.

Para sorte da atriz, por conta dos problemas de bastidores e audiência aquém do esperado, “Babilônia” foi encurtada em cerca de dois meses pela Globo e, ao mesmo tempo, ficou sabendo que o papel da estudante de jornalismo seria seu.

Carla teve que abandonar as longas madeixas e adotar um corte curtíssimo no melhor estilo Joãozinho para a produção – Foto: Divulgação / TV Globo

“Tive duas semanas para colocar a vida em ordem e mergulhar de cabeça em um novo papel. Me apaixonei pelo universo da Leila e gostei de como ela foi crescendo ao longo da exibição. Foi minha primeira personagem mais séria e adulta na tevê, embora ela tenha uma leveza muito peculiar”, elogia.

Na trama assinada por Rosane Svartman e Paulo Halm, que ocupa o atual horário das sete com uma edição especial, a personagem surge para questionar a relação de Jonatas e Eliza, casal principal formado por Felipe Simas e Marina Ruy Barbosa.

“Leila não é uma vilã que quer destruir a vida dos pombinhos. A paixão acontece e ela lida um jeito muito racional e maduro com o que sente”, avalia.

Por conta do curto tempo entre uma produção e outra, Carla ansiava por uma mudança visual capaz de deixar a personagem antiga para trás. A sugestão da equipe de caracterização, entretanto, pegou a atriz de surpresa: abandonar as longas madeixas e adotar um corte curtíssimo no melhor estilo joãozinho.

Passado o susto, sem dramas ou lágrimas, Carla surgiu totalmente repaginada na tevê. “Nos primeiros dias, sentia que estava faltando alguma coisa no meu corpo. Mas logo me acostumei com a praticidade do visual. Rolou uma identificação grande com aquele cabelo e isso ajudou muito na construção da personagem”, destaca.

Além da própria intuição, as pesquisas de Carla começaram a partir do curso de jornalismo, em especial, das aulas que envolviam fotografia, grande paixão da personagem. “No meio desse processo, acabei me aproximando de diversos fotógrafos brasileiros que eu já admirava. É bacana quando um papel leva o intérprete a conhecer outros mundos”, valoriza.

Bandeira da independência
Acompanhando a reprise da novela de casa durante o período de isolamento, Carla Salle se entusiasma com a bandeira da independência e do feminismo que a personagem carrega nas cenas de “Totalmente Demais”.

Por ser uma trama nitidamente voltada para o público jovem, a atriz se orgulha de passar essa mensagem através de Leila.

“Acredito que a dramaturgia é também um modo de produção de pensamento. Contar histórias de mulheres livres e decididas, com certeza inspira mulheres a se libertarem na vida real”, ressalta.

Assim que a trama reestreou, Carla recorreu ao seu acervo de fotos da época para fazer um “post” especial na rede social Instagram e se emocionou com as muitas lembranças guardadas e as boas memórias dos bastidores da trama dirigida por Luiz Henrique Rios.

“Éramos um elenco muito jovem, unido e alto-astral. Até esperar para gravar era divertido. Dividir o camarim com pessoas especial como Jéssica (Ellen), Marina (Ruy Barbosa) e Olivia (Torres) era risada garantida”, conta.

Carreira em ascensão
Natural de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, Carla sempre se manteve focada em estudar para ser atriz. Sua primeira experiência com estúdios e câmeras, entretanto, foi na publicidade, onde apareceu em campanhas de empresas de telefonia e produtos alimentícios.

Paralelamente, começou a se envolver com teatro e cinema e investiu em testes para a televisão. De cara, em 2011, acabou com um dos papéis principais de “Malhação – Conectados” e, em seguida, emendou trabalhos em novelas como “Sangue Bom” e “Babilônia”.

Depois de “Totalmente Demais”, enveredou por personagens de maior carga dramática, como a liberal Maria de “Os Dias Eram Assim” e a passional Valquíria de “Onde Nascem Os Fortes”.

No ano passado, protagonizou a misteriosa “Onisciente”, ficção científica da Netflix. Agora, aguarda a volta dos trabalhos de “Mal Secreto”, série dirigida por Mauro Mendonça Filho para a Globoplay.

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