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Bienal do Rio

Autores da região buscam ‘mercado’

Escritor de livros de poesias e romance e escritora de ficção científica de Americana estarão no stand da editora Pendragon

Por Rodrigo Pereira

01 de setembro de 2019, às 08h33 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h11

Um dos maiores eventos literário do País, a Bienal do Livro Rio começou nesta sexta-feira e segue até o próximo dia 8 com cerca de 300 autores na programação e uma homenagem aos 50 anos de carreira de Ana Maria Machado.

Entre os destaques, Mark Manson (“A Sutil Arte de Ligar o F*oda-se”); Steven Levitsky (“Como as Democracias Morrem”), Marc Levy, C.J. Tudor, Laurentino Gomes, Monja Coen, Ryane Leão, Márcio Souza, Jarid Arraes e Conceição Evaristo lançam novas obras no evento.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
O escritor Gabriel Goto posa para foto em praça de Americana, no começo da última semana, dias antes de embarcar para o Rio

A Bienal, no entanto, também é um espaço para jovens escritores batalharem por visibilidade. E não é diferente com autores da região. Entre eles está o americanense Gabriel Yukio Goto, que aos 21 anos tem um romance lançado (“Os Últimos de Gaia”, de 2017) e vai apresentar no evento seu primeiro livro de poesias, chamado “Um Abismo Atrai o Outro”.

“[O livro] é dividido em três partes: ‘Abismo Social’, no qual eu exploro as questões sociais do cotidiano, inspirados seja por algo que vi na rua ou que li em notícias do jornal; ‘Um Abismo que há em mim’, com uma poesia mais intimista em que eu me volto para o meu eu-abismo, deixando de olhar para uma profundidade externa e se voltando para uma interna; aí, por último, a parte homônima ‘Um Abismo Atrai o Outro’, com poemas de amor. O título eu peguei de um salmo da bíblia, mas que no meu contexto é sobre duas pessoas com sentimentos abismais que estão predestinadas a se atraírem uma à outra”, explica o escritor, que entre as inspirações tem desde o formato concretista de Arnaldo Antunes ao realismo fantástico de Jorge Luis Borges e o surrealismo de Haruki Murakami.

Ambas as obras foram publicadas pela editora Pendragon, que adotou como uma das estratégias para chamar leitores para seu stand na bienal a realização de um sarau pelos escritores.

SCI-FI. Também pela Pendragon, a americanense Jacqueline F. Silva, de 24 anos, vai lançar sua obra de estreia, a ficção científica ““Em Qual 1917 Você Vai Me Encontrar?”, um drama histórico com viagem no tempo.

A história segue duas protagonistas. Uma delas é Emily, uma jovem do futuro fascinada pelo engenheiro e inventor Nikola Tesla que cria uma máquina do tempo e viaja para 1917. Porém, ela é abandonada pela equipe dela e fica presa no passado.

“A outra é Teresa, uma jovem de 1948 que possui fobia social. Ela e os jovens da cidade em que mora (uma cidade fictícia inspirada em Americana) foram sequestrados e soltos de uma forma suspeita, algo que ela não consegue esquecer. Quando ela acha que está no caminho certo, seu irmão desaparece. Teresa e suas irmãs, Sonia, uma jovem autista, e Renata, vão até o passado para resgatar o irmão”, detalha a autora.

Tanto ela quanto Gabriel mostram ansiedade com o contato direto com o público. “Quero que a Teresa ajude as pessoas com fobia social a se sentirem bem e superarem seus problemas e vejo a bienal como o primeiro passo”, avalia Jacqueline.

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