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Televisão

Ator Flávio Migliaccio morre aos 85 anos

Segundo informações preliminares, ele foi encontrado desacordado por um caseiro, que acionou a família

Por Agência Brasil

04 de maio de 2020, às 12h11 • Última atualização em 04 de maio de 2020, às 15h27

O último trabalho de Migliaccio na TV foi o personagem Mamede, na novela Órfãos da Terra - Foto: Globo - Selmy Yassuda

O ator Flávio Migliaccio, de 85 anos, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (4) pelo caseiro no sítio onde morava, no município de Rio Bonito, região metropolitana do Rio de Janeiro. Migliaccio nasceu no bairro do Brás, em São Paulo, no dia 26 de agosto de 1934.

A morte do ator foi confirmada pelo 35º Batalhão de Polícia Militar. O caso foi registrado como suicídio.

Com mais de 60 anos de carreira, Flávio Migliaccio deu vida a personagens inesquecíveis que divertiram o público em seriados de humor, como o lendário Seu Chalita de ‘Tapas & Beijos’ (2011) e o Xerife de ‘Shazan, Xerife e Cia’ (1972), um de seus primeiros sucessos na TV.

Encantou e conquistou os telespectadores com tipos diferentes e marcantes nas novelas. Seu último trabalho em folhetim foi como Mamede, em ‘Órfãos da Terra’, trabalho que lhe trouxe o troféu APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), como Melhor Ator de Televisão.

Atualmente pode ser visto no ar como o veterinário Josias em ‘Êta Mundo Bom!’, no ‘Vale a Pena Ver de Novo’. Neste ano, o ator participou da série ‘Hebe’, como Fego, o pai da apresentadora na fase adulta.

“Eu tenho o costume de me apaixonar pelo personagem e querer representá-lo para o resto da vida. Pode ser tanto o herói, quanto o ermitão ou o aposentado”, declarou sobre a sua relação com a arte.

O ator nasceu em 26 de agosto de 1934, no bairro do Brás, São Paulo. Em 1954, fez o curso de teatro do italiano Ruggero Jacobbi. Ao final, foi encaminhado para o grupo amador Teatro Paulista do Estudante.

Sua profissionalização se deu com o Teatro de Arena, onde participou de uma série de peças, como ‘A Revolução na América do Sul’, de Augusto Boal; ‘Eles não Usam Black-Tie’, de Gianfrancesco Guarnieri, e ‘Chapetuba Futebol Clube’, de Oduvaldo Vianna Filho.

Fez algumas participações na TV Tupi e atuou em dois longas-metragens de Roberto Santos – ‘O Grande Momento’ (1958) e ‘A Hora e a Vez de Augusto Matraga’ (1965). Em 1962, participou de ‘Cinco Vezes Favela’, atuando e escrevendo. No ano seguinte, estreou como roteirista e diretor em ‘Os Mendigos’.

A carreira de Flávio Migliaccio na Globo começou em 1972, em ‘O Primeiro Amor’, novela de Walther Negrão, onde viveu Xerife. O sucesso foi tamanho que a emissora criou o seriado ‘Shazan, Xerife & Cia’, que ficou no ar de 1972 a 1974, em que atuou com Paulo José.

Foi uma das primeiras vezes na televisão brasileira em que personagens de uma novela ganhavam um programa próprio. A dupla foi reeditada em 1998, em uma participação especial na novela ‘Era uma Vez…’, também de Walther Negrão, que assim homenageou os 25 anos dos personagens.

Baseado em Xerife, Flávio criou o personagem Tio Maneco, que lhe rendeu alguns longas-metragens produzidos, dirigidos e estrelados por ele. Um dos filmes, ‘As Aventuras de Tio Maneco’, chegou a ser vendido para 31 países e resultou num prêmio em um festival de cinema infantil na Espanha

Entre os sucessos do ator na TV, destacam-se ainda as participações em ‘Rainha da Sucata’ (1990), de Silvio de Abreu; ‘A Próxima Vítima’ (1995), do mesmo autor; ‘ Caminho das Índias’ (2009), de Glória Perez; e ‘Passione’ (2010), também de Silvio de Abreu.

O ator também participou dos principais humorísticos de sucesso da Globo, como ‘Viva O Gordo’ (1981), ‘Chico Anysio Show’ (1982) e Sai de Baixo (1987).

Casado com Ivone Migliaccio, Flávio é pai do jornalista Marcelo Migliaccio.

*Com informações da Rede Globo.

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