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Televisão

Angélica aposta em reflexão sobre a realidade de mulheres brasileiras

Com a série “Cartas para Eva”, do Globoplay, a loura mostra que, aos 47 anos, está mais pronta para “papos-cabeça”

Por Tv Press

20 de janeiro de 2021, às 20h37

Angélica - Foto: Globo - João Miguel Júnior

Foram dois anos sem um programa próprio na televisão até que Angélica reconquistasse um espaço na grade, com a primeira temporada do “Simples Assim”, na Globo. Ali, a apresentadora já explorou um lado autoral e também mais maduro, bem diferente do que havia mostrado ao longo dos 12 anos em que ficou à frente do “Estrelas”.

Agora, com a série “Cartas para Eva”, que estreou no Globoplay no último dia 6, a loura mostra que, aos 47 anos, está ainda mais pronta para “papos-cabeça”, mas sem deixar a sutileza e a leveza tão características de suas mais de três décadas dedicadas à televisão.

No programa, Angélica usa cartas supostamente escritas para sua filha Eva, de apenas 8 anos, para propor uma reflexão sobre a realidade de mulheres brasileiras. À primeira vista, pode até parecer que se trata de um projeto voltado para as telespectadoras e, talvez, até mais direcionado às mães. Mas a verdade é que as conversas que a apresentadora tem com suas convidadas são perfeitamente capazes de prender a atenção tanto de mulheres quanto de homens.

A criação de “Cartas para Eva” é assinada pela própria apresentadora, mas em parceria com Pedro Drable, especialista em conteúdo para plataformas digitais. Enquanto se discute o papel feminino na sociedade, temas como mercado de trabalho, sexualidade, violência, sustentabilidade e preconceito ganham espaço.

Cada episódio traz duas personalidades expoentes em suas áreas de atuação, compartilhando experiências de vida e expondo o que esperam do futuro para as meninas de hoje, como Eva.

No primeiro episódio, que discute a violência, Angélica dá voz a mulheres que enfrentaram agressões físicas e psicológicas: a apresentadora Xuxa Meneghel, que já falou sobre abusos sofridos na infância, e a jornalista Míriam Leitão, que foi presa por razões políticas e torturada na prisão, quando estava grávida. Entre os nomes que também aparecem na série estão o das jornalistas Sônia Bridi e Renata Vasconcellos e das atrizes Claudia Raia e Camila Pitanga, além de outros.

“Cartas para Eva”, na verdade, surgiu de um especial feito por Angélica para o GNT em maio de 2020, exibido no Dia das Mães. Mas é inegável que o fato de a série ter sido planejada para o streaming trouxe mais liberdade de criação para Angélica e Pedro.

Os cinco episódios são bem curtos – o maior tem 30 minutos e somados, todos ocupam pouco mais de duas horas de material editado. Ou seja, não sobra espaço para superficialidades. O formato é quase o de um talk show em tempos de pandemia, com videoconferência entre a apresentadora e suas convidadas. E funciona muito bem para a proposta. Em vários momentos, os papos alcançam uma profundidade tamanha que fica claro que, tão cedo, Eva não estará pronta para receber essa herança já deixada pela mãe.

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