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Televisão

A melancolia essencial de ‘Batman vs Superman’

Por Agência Estado

11 de maio de 2020, às 07h30 • Última atualização em 11 de maio de 2020, às 10h47

Há quem reclame da tristeza do Superman de Henry Cavill – André Azenha em Batman e Superman no Cinema: Histórias, um livro de resto muito interessante sobre adaptações de HQs. Essa tristeza é essencial na construção do personagem pelo diretor Zach Snyder. Está presente em Batman vs. Superman – A Origem da Justiça, nesta segunda, 11, na Globo, às 22h40.

O filme começa pela morte dos pais de Batman, o que pode parecer mera repetição do Homem-Morcego de Christopher Nolan.

Snyder tem outra agenda. Busca o mito grego.

As tragédias de pais e filhos, de filhos e mães, de irmãos nutrem seu cinema. Batman questiona a legitimidade de Superman perante a humanidade. Lex Luthor tira proveito.

Os super-heróis brigam entre si, mas só até reverberar o pedido de Superman para que o Morcego o ajude a salvar sua mãe. Batman, que já perdeu a dele (e o pai), não resiste ao apelo. Batman vs. Superman é pura tragédia grega, um filme sobre a mãe.

Tem Ben Affleck como Batman e Gal Gadot como uma certa comerciante de antiguidades, Diana Prince. Tem Cavill, misterioso como a Garbo.

Em seu rosto hierático pode-se ler tudo, depende do espectador. Snyder não serve o Universo Marvel. Serve-se dele para criar o próprio universo de dor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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