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Série

‘A Divisão’: um mosaico bem brasileiro

Apesar de ser série policial, produção deixa a ação de lado e aposta mais na história e no jogo político

Por TV Press

26 de setembro de 2020, às 08h53

A Globo até demorou para começar a investir de forma mais direta no streaming de vídeo. Mas, se antes as produções eram planejadas para a tevê aberta e, depois, disponibilizadas para os assinantes Globo.com, o crescimento dos serviços de streaming fez o grupo rever a estratégia do Globoplay para vídeos sob demanda.

Com isso, várias produções começaram a aparecer na plataforma digital, planejadas especialmente para ela. Caso de “A Divisão”, cuja segunda temporada estreou neste mês no serviço. A série até flerta com a onda policial que vem se destacando na teledramaturgia nacional, mas bebe de fontes diferentes. No primeiro ano, sequências de ação e violência até chamaram atenção. Agora, porém, é o jogo de influências e as relações políticas que mais se destacam.

Com Silvio Guindane, segunda temporada estreou neste mês na plataforma de streaming do canal – Foto: Divulgação

A trama central dessa nova leva de episódios parte de uma aliança extremamente instigante para quem assistiu aos cinco primeiros episódios, liberados para os assinantes no ano passado. Mendonça, Santiago e Roberto, policiais interpretados por Silvio Guindane, Erom Cordeiro e Natália Lage, se juntam para tentar descobrir quem matou, na temporada passada, o colega Ramos, papel de Thelmo Fernandes.

Cada um, no entanto, tem uma motivação para estar ali. Ou seja: não se trata de uma união de amigos.

Enquanto outras séries – assim como filmes – nacionais exploram bastante a guerra entre o tráfico e a polícia, em “A Divisão” é a corrupção – não necessariamente na política – que prende a atenção. Talvez por isso, o texto não abuse tanto das gírias e expressões constantemente vistas nesse tipo de produção.

Um dos principais trunfos é o elenco, a começar pelo trio principal. Os três têm seus personagens muito bem construídos, especialmente Erom e Natália. A atriz, aliás, hoje com 41 anos, parece viver um momento especial na carreira, com a boa repercussão de “A Divisão” e como protagonista de “Hard”, cuja primeira temporada foi exibida pela HBO entre maio e junho deste ano.

Ao trio, se junta Branca Messina, que encarna uma integrante da Corregedoria da Polícia Civil que se transforma em uma pedra no sapato de Mendonça e Santiago.

A atriz ainda não é um rosto tão conhecido na tevê, mas está no elenco de “Gênesis”, próximo folhetim bíblico da Record, que estreia no ano que vem. Ainda fazem parte do elenco nomes como Dalton Vigh, Maria Manoella e Vanessa Gerbelli, mas que não chegam a aparecer tanto. Pelo menos não na primeira metade desta temporada.

STREAMING
Uma parte do público, que se interessa por séries, maratona essas produções nos serviços de streaming. Para esses telespectadores, “A Divisão” pode ser uma boa pedida.

Além de ter bons ganchos entre um episódio e outro neste segundo ano, são apenas cinco episódios. Juntos, somam cerca de três horas, ou seja, algo como assistir a um longas-metragens de maior duração. Além disso, em tempos de pandemia, é sempre bom poder contar com programação inédita e fugir um pouco do excesso de reprises que vem tomando conta da televisão.

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