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Virando a Chave

Até quando você vai ficar parado?

Em qual lado você se encontra? Do lado da mudança ou da estagnação?

Por Ivan Maia

03 de maio de 2021, às 15h09 • Última atualização em 03 de maio de 2021, às 15h10

Basicamente, existem dois perfis de pessoas no mundo: aquelas que tomam uma postura ativa e fazem as coisas acontecerem, e aquelas que reclamam e ficam passivas diante das situações da vida. Em qual lado você se encontra? Do lado da mudança ou da estagnação? Descubra agora como não ficar parado, por isso vou compartilhar um texto de um autor desconhecido, mas que serve como base para nossa reflexão a respeito do tema.

A cidade dos buracos

Havia uma cidade que não era habitada por pessoas, mas por buracos. Buracos viventes. Havia buracos ostentosos, de mármore, e buracos humildes, de tijolos. Um dia chegou uma nova moda: o importante é o interior, não o exterior! Foi assim que os buracos começaram a se encher de coisas, de ouro e joias.

Outros, mais práticos, de eletrodomésticos. Alguns, de arte ou instrumentos musicais. Os intelectuais encheram-se de livros. A maioria dos buracos encheu-se a tal ponto que não cabia mais nada e, para solucionar a situação, começaram a alargar-se. Mas um pequeno buraco percebeu que, se todos fizessem o mesmo, em pouco tempo a cidade se transformaria em um único buraco e todo mundo perderia a sua identidade.

Então ele teve uma ideia! Pensou que outra forma de aumentar a sua capacidade seria aprofundar-se em lugar de alargar-se. Percebeu que isso seria impossível, devido a tantas coisas que ele já continha! Decidiu, então, esvaziar seu conteúdo.

Primeiro, teve medo do vazio, mas quando percebeu que não existia outra possibilidade, assim o fez. Um dia, de tão profundo, achou água. Nunca antes outro buraco tinha achado água! Nesse lugar quase nem chovia e a água extra permitiu que as paredes do buraco se cobrissem de verde, e assim, chamaram-no de “O Manancial”.

Os outros buracos queriam a água, mas quando perceberam que teriam que se esvaziar, preferiram continuar a alargar e encher-se de coisas inúteis. Outro buraco, no outro lado da cidade, conseguiu esvaziar e chegar à água, criando assim um oásis.

Os dois buracos perceberam que a água que tinham achado era a mesma, que só estavam longe um do outro, mas o lençol era o mesmo. Tinham, então, um novo ponto de contato. A comunicação profunda, que só conseguem entre si aqueles que têm a coragem de esvaziar-se de seus conteúdos e buscar, no fundo do seu ser, aquilo que têm para dar e compartilhar.

Esvazie-se

Quando li esse texto, há mais de 20 anos, eu não pude deixar de pensar no ser humano comum, que se enche de coisas inúteis. A inutilidade aqui se refere tanto no sentido material quanto no intelectual. Existe uma grande parcela da população que gosta de assistir telejornais, novelas, reality show, revistas, etc. Apropriam-se de informações que não trazem nenhum benefício para suas vidas e enfraquecem suas mentes deixando-as paupérrimas.

Enquanto isso, há um grupo pequeno de pessoas que usam o cérebro, que se esvaziam das inutilidades. Não se alargam com os excessos, mas se aprofundam em assuntos que trarão benefícios em suas vidas, buscam conhecimento, enchem a vida de amor, solidariedade e carinho.

Logo, o texto “A cidade dos buracos” faz uma analogia sobre o que vivemos hoje. Temos tanta tecnologia, mas não sabemos fazer o uso adequado dela. O conhecimento está em nossas mãos, mas nunca fomos tão ignorantes.

Qual o seu perfil?

Em qual dos perfis citados no texto você se encaixa? Das pessoas que buscam a mudança, autoconhecimento, ou das que ficam paradas e se preocupam apenas com informações que não agregam em nada para suas vidas?

Falo isso por experiência e com plena convicção, no auge dos meus 58 anos, que “nada acontece na vida, é você que faz acontecer”. Anote outra frase que vou escrever aqui: “Nada tem significado na vida, o significado quem dá é você”.

Ivan Maia

Ivan Maia é treinador emocional, estrategista empresarial, NLP Practiotiiner, palestrante, conferencista e escritor de livros. Ele tem mais de 3 milhões de alunos treinados em mais de 25 países.