Editorial
Vacina em teste
Por Redação
07 de julho de 2020, às 08h06
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A criação de uma vacina sempre foi um dos grandes desafios da comunidade global. Afinal, sua necessidade se dá justamente pelo temor da proliferação das doenças, muitas delas fatais e com efeitos em grande escala.
Este controle por meio da imunização em massa carece, fundamentalmente, de segurança e eficácia. Ou seja: é preciso que as vacinas sejam, ao mesmo tempo, capazes de deter o vírus, mas também de não provocar efeitos colaterais em seres humanos. Por isso, a produção quase nunca é tão rápida quanto espera a população. Leva-se anos, em média, para se alcançar o necessário.
A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) voltou a colocar em evidência este trabalho, mas, agora, para se desenvolver uma proteção em escala global para uma doença da qual ainda não se tinha conhecimento científico suficiente, e que, a cada dia, é responsável por milhares de mortes.
O cenário atípico desta ameaça global provocou uma corrida igualmente atípica em busca da imunização. Há uma mobilização mundial de laboratórios e cientistas para desenvolvê-la em tempo recorde. Hoje, são 136 vacinas em desenvolvimento, sendo que apenas três estão na fase mais avançada de testes.
Nesta segunda-feira, um importante avanço nesta etapa foi anunciado pelo governo do Estado. O Instituto Butantan foi autorizado a iniciar a fase de ensaios clínicos para testar a eficácia e a segurança da vacina contra o coronavírus.
Trata-se da vacina desenvolvida por uma farmacêutica chinesa, a Sinovac Biotech. O teste será feito com 9 mil profissionais da saúde voluntários, de seis estados brasileiros, que atendam a determinadas condições.
Os resultados desta etapa podem ser animadores, especialmente pelo curto espaço de tempo entre as fases. É preciso aguardar.
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