Nos últimos anos o desenvolvimento da região resultou em um fenômeno comum: a conurbação, quando duas ou mais cidades se unem por conta do crescimento geográfico. Americana e Santa Bárbara d’Oeste são municípios conurbados, e um dos reflexos desse processo aparece no trânsito. O fluxo das cidades se confunde, e vias que antes tinham uma função passam a ter outra. É o caso da SP-304 (Rodovia Luiz de Queiroz).

A pista, antigamente usada para deslocamentos entre os municípios, se tornou praticamente uma avenida que liga bairros. Dada a quantidade de carros que por ali passam diariamente, a Luiz de Queiroz virou um espaço concorrido, arriscado e agora sem fiscalização de velocidade.

Como mostrou o LIBERAL desta quarta, os radares da SP-304 não estão funcionando após o fim do contrato com a empresa que realizava a operação. Foram afetados cinco pontos entre Americana e Santa Bárbara.

Segundo o DER (Departamento de Estradas de Rodagem), um novo edital de licitação foi lançado, mas está paralisado. Uma empresa entrou com pedido de impugnação e o TCE (Tribunal de Contas do Estado) analisa a situação. O DER não informou quando a fiscalização será retomada. Fato preocupante para uma via tão movimentada.

Em 2020, o número de acidentes na SP-304 caiu para 89 entre janeiro e outubro, contra 106 no mesmo período do ano passado. Em relação aos óbitos, esse ano contabiliza cinco vítimas fatais nos trechos que passam pela região, menor estatística desde 2015 na mesma comparação de tempo, como o LIBERAL apresenta na edição de hoje.

Os dados em queda se baseiam em um cenário de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que diminuiu o número de carros em circulação. Por esse motivo, urge a necessidade de que os aparelhos de fiscalização voltem a funcionar.