Editorial
Temos vacinas
Por Redação
19 de janeiro de 2021, às 07h35
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Depois de passar semanas assistindo a países mundo afora darem início à vacinação contra a Covid-19, o Brasil, finalmente, deu o primeiro passo para começar a sair desta crise sanitária. O empenho do governo paulista em buscar um imunizante eficaz e capaz de proteger a população se mostra, até agora, como um sucesso. Saiu deste trabalho, ao menos, as primeiras pessoas vacinadas no País, neste domingo.
O simbolismo do começo da imunização evidencia o antagonismo entre Jair Bolsonaro e João Doria e o papel de cada um. O governo federal acumula até aqui um fracasso retumbante na gestão desta pandemia, ainda que tente enganar a população atribuindo a culpa a outros entes e líderes, como os governadores e a própria imprensa.
Bolsonaro negou a pandemia, desprezou famílias em luto, promoveu terapias ineficazes e disparou uma infinidade de afirmações absurdas, sempre na contramão. Por sua posição ideológica, acima da saúde da nação, rejeitou, de início, a CoronaVac, sem qualquer argumento plausível – vacina que, nesta segunda-feira, após aprovação da Anvisa, ele admitiu ser a “vacina do Brasil”.
Não fosse o empenho do governo de São Paulo, junto ao Instituto Butantan, em se amparar na ciência, estaríamos talvez à espera da vacina de Oxford, que o Ministério da Saúde não foi capaz de colocar à disposição, em outra trapalhada que levaria a demissões num governo competente.
Em que pese todo o esforço até aqui, a ambição e o senso de urgência em imunizar a população, portanto, não devem arrefecer diante desta grande etapa iniciada. As vacinas – em número muito aquém do necessário até agora – precisam chegar aos municípios e aos cidadãos.
E mesmo após o momento histórico no domingo, as recomendações não podem ser deixadas de lado: use máscara, evite aglomerações e reforce a higienização. Em breve, você será vacinado.
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