Não somente como educador durante mais de 30 anos, mas muito mais como cidadão brasileiro, afirmo que qualquer nação que desejar evoluir em todas as áreas de atuação, a fim de avançar tecnologicamente e oferecer a cada cidadão o melhor que uma pátria pode proporcionar – como mãe que é – tem que, forçosa e prioritariamente, utilizar-se da força pujante e bem planejada da Educação.

Ou isso ou o atraso, com a estagnação, as medidas retrógradas ou paliativas, o descrédito mundial e a má qualidade de vida, a acefalia geral, a perda e o desperdício de talentos. Muitas vezes nos sentimos como semimortos quanto à carência de recursos e incentivos em sua própria pátria, com a debandada dos mais abonados para o exterior buscando o aprimoramento que os tempos de agora requerem.

Os investimentos na célula mater das transformações – Educação – têm que ser bem direcionados, galardoar as melhores cabeças, objetivar o amanhã com décadas antecipadas, ser coeso e dinâmico, com avaliações constantes e retificação de rumos se necessário. Fora disso é desperdiçar o futuro e os recursos.

Também em pesquisas – quando os resultados demandam tempo, dedicação, persistência, sacrifícios, empenhos – ou se investe pesado ou cairemos no logro da ineficácia sem apresentar resultados palpáveis e úteis seja quanto à ciência e à sociedade de modo geral.

O nosso projeto como nação passa forçosamente pelos filtros da Educação e pelos indicadores mundiais das necessidades humanas e, sem esses investimentos, cada vez mais ficaremos na rabeira dos avanços, dependentes das “transfusões” ou transferências de tecnologias que nos custarão caro. Isso muitas vezes inviabiliza o progresso que é exigido. Com a palavra os entendidos e patriotas.

P.S. Quem assim não proceder estando no comando no poder, estará pugnando contra a pátria e os filhos dela. Isso é muito triste.

João Rodella
Espaço Literário Nelly Rocha Galassi