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Sistema Cantareira e Itaipu

Por João Tavares

16 de agosto de 2022, às 06h31

OSistema Cantareira tem hoje o nível da sua capacidade em 35,1%. Justiça seja feita. Quando foi governador (1979-1982) o engenheiro Paulo Maluf iniciava a construção do único Sistema Cantareira, com fluxo de 33 metros cúbicos de água por segundo, o equivalente a Guarapiranga e Billings.

Esses investimentos dobraram para o abastecimento das cidades no entorno da bacia dos rios PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e a região da Grande São Paulo. Se o Sistema Cantareira não tivesse sido construído haveria seca. Pela situação das crises hídricas que continuaram, Maluf responsabilizou os governantes que o sucederam por não fazerem obras e investimentos.

Faltou planejamento e previsão. Ao sair do governo (1982) Maluf deixou projeto na Sabesp para adução, que era buscar água no rio São Lourenço, da bacia do Juquiá, para atender a Grande São Paulo e as bacias dos rios PCJ. Essas águas seriam liberadas nos meses sem chuvas para evitar o desabastecimento da população.

Depois de 43 anos, as adutoras não chegaram ao rio São Lourenço. Visionário e preocupado com os recursos hídricos, Paulo Maluf construiu meia Itaipu no Estado de São Paulo, com cinco hidrelétricas: Porto Primavera, Rosana, Taguaruçu, Três Irmãos e Nova Avanhandava. Construiu ainda em Pereira Barreto o segundo maior canal artificial de água doce do mundo, com 9,6 mil metros de escavação com 13,6 mil metros de comprimento.

Houve a ligação do rio São José ao Tietê, servindo como navegação fluvial, e ao rio Paraná, para aumentar a capacidade de fornecimento de energia da usina de Ilha Solteira. Político controvertido e combativo, Maluf não foi de atacar ninguém. Preferiu defender as obras. Não podia deixar de usar este espaço, que é democrático, para lembrar um pouco da história recente de São Paulo e do Brasil. A história fará Justiça a Paulo Maluf.

João Tavares é aposentado.

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