O País vive nas últimas semanas, e seguirá vivendo nas próximas o período mais fatal da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O LIBERAL vem mostrando, diariamente, como a situação evolui para um cenário de UTIs lotadas, com o vírus matando uma nova escala etária, e o estado de ignorância de muitos, que preferem continuar vivendo suas vidas como se nada estivesse acontecendo, contribuindo, de forma decisiva, para a disseminação da doença.

A seriedade da situação tem contornos, e o que por vezes parecia distante, agora faz parte da realidade, como mostra a manchete deste domingo do LIBERAL, em matéria da repórter Marina Zanaki sobre a disparada na demanda de oxigênio em Americana e Santa Bárbara d’Oeste. Vital no tratamento de pacientes moderados e graves da Covid-19, o oxigênio teve alta no consumo de até 90% entre janeiro e fevereiro nos municípios.

O episódio traz à lembrança a crise de Manaus (AM), ocorrida também em janeiro, quando a capital sofreu com o desabastecimento, levando à morte de internados.

De acordo com a multinacional White Martins, que possui uma usina em Americana, o fornecimento de oxigênio vem sendo realizado regularmente, mas nos últimos 15 dias foi registrado aumento médio de 55% nos consumos das unidades atendidas na cidade.

A empresa solicita que variações muito grandes no consumo sejam comunicadas formalmente e previamente, para acréscimos no fornecimento, o que compete às instituições de saúde públicas e privadas.
Nesse contexto, é necessário cobrar a devida atenção dos gestores municipais.

A infecção causada pelo coronavírus dificulta que o ar inspirado pelas narinas e que chega aos pulmões seja enviado às células. A morte chega por sufocamento.

A pandemia segue exigindo esforços hercúleos de todos, e, por vezes, a sensação de que o cerco da doença vem apertando é nítida. Por isso, a necessidade de que cada um faça sua parte. Seja um cidadão comum que precisa proteger a si e seus familiares, ou um administrador na busca por vacinas e soluções.